MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

"Estamos num caos social", diz presidente da ONG Rio de Paz sobre violência no Rio

Antônio Carlos Costa comentou assassinato a facadas de mulher, no Recreio

O presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, comentou a morte Ana Lúcia Neves, morta no Recreio, nesta quarta-feira (2), depois de levar uma facada em um assalto quando saía de uma academia de ginástica.
"Estamos vivendo uma grande desorganização social na região metropolitana do Rio de Janeiro, que é fruto de causas que se retroalimentam: a desigualdade social, a guerra às drogas, a mentalidade de uma sociedade de consumo e um Estado fraco", disse Antônio Costa.

Para o presidente da Rio de Paz, as instituições não estão funcionando. "Não investigam e quando punem, punem de modo errado, deixando passar os crimes mais graves, com homicidas que não são punidos. Estamos administrando um caos social e ele tende a se agravar se não levarmos em conta essa divisão social".
Costa afirmou que não basta o poder público criar leis para que se proíba o porte de armas brancas, como a que passou a vigorar recentemente no Estado do Rio. Ele creditou o crime a um problema fundamentalmente social. "Por que na Suécia e na Finlândia os jovens não estão praticando roubo com faca? Não há nenhuma dúvida de que a causa não se deve às leis rigorosas do país. O sistema prisional oferece um conforto que nenhum morador tem, é que eles não precisam disso".
Ainda na percepção do presidente da ONG, os problemas - que já são parte do cotidiano das favelas - estão começando a atingir a classe média. "Manter guetos de exclusão no Rio de Janeiro não vai impedir que a violência vaze. O meu medo é que a gente só perceba quando isso explodir para a classe média. Temos que estabelecer padrões de excelência para o funcionamento da defensoria pública, do ministério público e das instituições", defendeu Costa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário