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O dólar subiu mais de 1,5% nesta terça-feira e fechou encostado em 3,70 reais, refletindo a aversão ao risco no exterior e o nervosismo com a possibilidade de o Brasil perder o selo de bom pagador diante da deterioração das contas públicas. No fim da sessão, o dólar terminou em alta de 1,68%, a 3,6880 reais na venda, após encerrar agosto com alta de 5,91% e acumular no ano valorização de 36%. Trata-se do maior nível de fechamento desde 13 de dezembro de 2002 (3,735 reais). Na máxima do dia, a divisa americana alcançou 3,7048 reais.
O dólar subiu mais de 1,5% nesta terça-feira e fechou encostado em 3,70 reais, refletindo a aversão ao risco no exterior e o nervosismo com a possibilidade de o Brasil perder o selo de bom pagador diante da deterioração das contas públicas. No fim da sessão, o dólar terminou em alta de 1,68%, a 3,6880 reais na venda, após encerrar agosto com alta de 5,91% e acumular no ano valorização de 36%. Trata-se do maior nível de fechamento desde 13 de dezembro de 2002 (3,735 reais). Na máxima do dia, a divisa americana alcançou 3,7048 reais.
A
atividade no setor industrial da China encolheu à taxa mais forte em ao
menos três anos em agosto, mostrou o índice de Gerentes de Compras (PMI,
na sigla em inglês) oficial. Preocupações com a economia chinesa,
referência para investidores em mercados emergentes e importante
parceiro comercial do Brasil, têm provocado apreensão nos mercados
globais. “Se agosto foi ruim, setembro começa tão mal quanto”, escreveu
em nota a cliente o operador da corretora SLW João Paulo De Gracia
Corrêa.
No Brasil,
o mercado demonstrava cada vez mais nervosismo sobre a perspectiva de
perda do selo de bom pagador do país diante da deterioração das contas
públicas do país. “O mercado está apostando que o grau de investimento
cai até o fim do ano”, disse o gerente de câmbio da corretora Treviso,
Reginaldo Galhardo.
Em
relatório intitulado “Admitindo a Derrota”, a estrategista para a
América Latina do grupo financeiro Jefferies, Siobhan Morden, afirmou
que, ao admitir déficit primário de 30,5 bilhões de reais para o ano que
vem, o governo “completamente paralisa o processo de ajuste”. Ela
ressaltou ainda que eventual saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
do governo não seria mais uma surpresa tão grande quanto há alguns
meses.
“É
provável que o dólar volte a ficar mais tranquilo no futuro, mas nos
próximos dias eu não vejo motivo nenhum para (a moeda dos EUA) parar de
subir”, afirmou o operador da corretora Intercam Glauber Romano, que
preferiu não arriscar um teto para a moeda.
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