O presidente do Benim, Thomas Boni Yayi anunciou, neste fim de
semana, o envio de 800 militares para a nova força regional encarregada
de combater o grupo radical Boko Haram, após um encontro com o seu
colega nigeriano, Muhammadu Buhari. Buhari, que tomou posse em 29 de
maio, enfrenta uma nova onda de violência islâmica na Nigéria. Mais de
800 pessoas foram mortas no Nordeste do país em dois meses. A violência
se estendeu aos vizinhos Chade e Camarões, atingidos nas últimas semanas
por atentados suicidas. Depois de uma visita ao Camarões, no início da
semana, para falar da luta contra o grupo radical, o presidente da
Nigéria esteve no sábado em Cotonou – a maior cidade do Benim – onde
participou das celebrações do 55º aniversário da independência do país,
ao lado de Boni Yayi. “O Benim demonstra a sua solidariedade aos seus
irmãos da região com o envio de um contingente de 800 homens para
combater definitivamente esses bandidos”, disse Boni Yayi à imprensa
após o seu encontro com Buhari. A força de intervenção conjunta
multinacional, da qual devem participar a Nigéria, o Níger, o Chade,
Camarões e Benim, deverá contar com 8,7 mil militares e ficará sediada
em N’Djamena, no Chade. A força militar, liderada pelo general nigeriano
Iliya Abbah, deverá entrar em ação imediatamente, segundo declarações
recentes de Buhari e de outros líderes nigerianos. Desde 2009, os
jihadistas do Boko Haram já mataram mais de 15 mil pessoas na Nigéria.
Recentemente, a ação do grupo tem se espalhado para além das fronteiras
do país, com ataques em massa nos últimos meses também no Chade e em
Camarões.
Agência Brasil POLÍTICA LIVRE
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