MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Propriedade de MS adapta granja de suínos para terminação de bovinos


No projeto, animais entram com 400 kg de peso vivo e saem com 560 kg.
Resultados serão apresentado em dia de campo em Dourados em julho.

Do Agrodebate
Simpósio em Campo Grande vai discutir o confinamento na pecuária de corte (Foto: Reprodução/TV Morena)Novo sistema de produção será apresentado em
dia de campo (Foto: Reprodução/TV Morena)
Em moldes similares ao de uma granja de suínos, uma propriedade rural de Mato Grosso do Sul inova e associa a alternativa a nutrição de precisão com a proposta de terminar os bovinos em confinamento a pasto. Os resultados serão apresentados dia 4 de julho, durante dia de campo na Fazenda São João, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande.
Segundo o proprietário, Rogério Goulart, a essência do negócio vem do trabalho da suinocultura – baseado na eficiência alimentar e automação do sistema. O processo foi adaptado à pecuária de corte, sistema que ele conheceu durante visita a uma propriedade no Mato Grosso.
“É uma modalidade onde os animais são adaptados no pasto por um período de três a quatro semanas com acesso natural ao cocho e, posteriormente, permanecem confinados com uma dieta sem alimentos volumosos. Porém, ao contrário do confinamento tradicional, é o boi que define quando e a quantidade que vai comer”, explica Goulart.
O módulo inicial tem capacidade para 80 animais (machos inteiros) e conta com apenas um colaborador. Segundo o proprietário da São João, com as novas instalações as demandas por mão de obra foram amplamente reduzidas, a exemplo da reposição de ração, que passou a ser feita uma vez a cada semana chegando até dez dias. Ele não antecipa os detalhes que os participantes vão conferir in loco durante o dia de campo, mas explica o desempenho e as adaptações feitas a partir da tecnologia da suinocultura.
“No projeto piloto, os animais entram com 400 kg de peso vivo e saem com 560 kg. O ganho médio de carcaça é de 7,5 arrobas ao final de 115 dias – esta etapa abrange a fase de cocho. A conversão alimentar é de 140 kg de ração por arroba produzida a um custo médio de R$ 4,50 ao dia. O êxito está na autonomia do sistema. Imagine um muro de alvenaria de 5 metros de largura por 3 de altura, e que ao longo desta estrutura estejam embutidas de 8 a 10 colunas ocas (guias) para a condução da ração que fica armazenada sobre o muro, onde está instalado todo o sistema de distribuição, até a base onde fica o cocho para a alimentação dos animais”, detalha o pecuarista.
Parceiro de Goulart, o consultor Rogério Coan é o responsável pela nutrição adotada no projeto. A receita desenvolvida por ele implica no fornecimento de proteico energético durante todo o ano. Os lotes são avaliados e o suplemento é ofertado diariamente. A cada três meses os lotes e a composição nutricional dos capins são avaliados, permitindo os ajustes necessários na nutrição conhecida como de precisão.
Coan ressalta que a ferramenta está associada ao ganho de peso e carcaça, onde o objetivo é produzir mais e com menor custo. “Essa tecnologia é realmente muito impactante do ponto de vista de ganho de carcaça e quanto aos resultados técnicos e econômicos. É o que tecnicamente chamamos de nutrição para melhor resposta bioeconômica. No entanto, a surpresa do Dia de Campo é mostrar os reais benefícios dessa modalidade. Quem participar vai conferir”, reforça ele que irá palestrar sobre o tema na programação.

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