'Não imaginávamos a BR-364 em condições tão precárias', diz Dnit.
Supervisor do Dnit diz que órgão assumiu a via no final do ano passado.
Trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul é o pior, diz supervisor do Dnit no Acre (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)
A situação da BR-364, entre Rio Branco e Tarauacá,
tem sido motivo de grande preocupação para os motoristas que precisam
trafegar pelo local. Na viagem, de aproximadamente 400 km, é possível
encontrar inúmeros buracos e alguns pontos da via têm funcionado somente
com metade da pista, devido a processos erosivos. Atualmente, a estrada
é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit)."Não imaginávamos que iríamos assumir a rodovia em condições tão precárias. Entramos para trabalhar nela em fevereiro deste ano, no meio do inverno, e ela já estava nessas condições, com muitos pontos de atoleiro e erosões. Até hoje, ainda está chovendo muito lá. Devido às chuvas, não tem como mexer com asfalto, estrutura de pavimento", afirma.
Segundo o Dnit, obras de reconstrução da rodovia devem começar no meio de 2016 (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)
Caetano afirma que, na verdade, a rodovia precisa se reconstruída, pelo
menos na parte mais crítica. Para isso, o órgão está realizando estudos
para viabilizar a obra, que só deve ser iniciada a partir de meados do
próximo ano."De Sena Madureira até o Rio Liberdade, que é o pior trecho, nosso planejamento é reconstruir a estrada. Para deixar no padrão de qualidade do Dnit, precisamos fazer uma série de estudos para não cometer os mesmos erros do passado. Se as empresas cumprirem com o cronograma e não faltar orçamento, a nossa previsão é que no verão do ano que vem seja iniciado o trabalho de reconstrução", diz.
Até o momento, equipes do Dnit estão fazendo apenas reparos na BR (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)
No entanto, o supervisor do Dnit garante que um trabalho de manutenção
da via está sendo feito nos trechos emergenciais. Sobretudo, para evitar
a interdição e interrupção do tráfego no local. "Como não daria tempo
de fazer um trabalho de maior porte, optamos em curto prazo assinar
contratos de manutenção. São os contratos feitos hoje, que contemplam as
situações mais críticas, como erosões, atoleiros e buracos. Sabemos que
não vai resolver o problema, mas nosso compromisso é não deixar fechar a
rodovia", acrescenta.O taxista Ranieri Fernandes, que costuma fazer o trajeto com passageiros, é um dos que sofrem com os riscos da BR-364. Para ele, todo cuidado é pouco na viagem. "A estrada coloca nossa vida em risco. Tem que dirigir com muita cautela, com prudência, para não arriscar a minha vida e dos meus clientes", afirma.
Segundo o aposentado Almir Fernandes, a dificuldade é ainda maior para os condutores de carros de pequeno porte. Ele contabiliza os prejuízos. "Meu carro está amassado no 'bico' e no tanque de tanto bater, mas temos que passar por aqui", conta. Quem concorda com o aposentado é o motorista Sebastião de Souza. "O carro passa pelos buracos, mas muito devagar, porque bate muito embaixo", fala.
Colaborou Leandro Manhães, da Rede Amazônica no Acre
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