Após encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT), na
quarta-feira (25), os governadores do Nordeste revelaram que a petista é
a favor da criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), assim como
eles, que assumiram publicamente essa posição e defenderam que a
arrecadação fosse direcionada para beneficiar o setor de Saúde. O autor
da proposta do imposto, que tramita na Câmara Federal, deputado Valmir
Assunção (PT-BA), aponta que a decisão dos governadores e a sinalização
da presidente são “reforços políticos importantes para a aprovação da
medida”. “É preciso ter justiça no sistema tributário no Brasil e, ao
mesmo tempo, ter novas formas de arrecadação. Inclusive, é uma boa
resposta para a própria oposição que se utiliza da mídia para promover
terrorismos a respeito da economia do país”. Segundo Assunção, o
governador Rui Costa (PT) também “sinalizou a importância da criação do
imposto, e concordou com a discussão defendida pela esquerda para
aprofundar o ajuste fiscal”. “Existem diversos defensores da criação do
IGF no país. Ratifico minha posição a respeito da taxação e acredito que
a ação é a maneira mais objetiva e imediata de derrubar o terrorismo
econômico ‘das forças de extrema direita’, usado para chantagear o
governo federal a tomar medidas de recessão”, salienta Valmir, citando
trecho de artigo do pensador brasileiro, Emir Sader. Para o parlamentar,
“o governo tem força suficiente para enfrentar qualquer crise”, mas não
deve dar espaço para a piora dos índices sociais. “Por isso que Dilma
precisa substituir o pacote previdenciário do Congresso pelo imposto
sobre grandes fortunas e heranças. Esse é um compromisso assumido com os
movimento sociais”, finaliza. Em entrevista à imprensa nacional, o
ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que a atual
administração deve iniciar o estudo para criar essa possibilidade de
taxação. POLITICA LIVRE
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