(O Globo) O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini (foto), foi solto na manhã
desta segunda-feira. O executivo, que estava detido na Superintendência
da Polícia Federal (PF) em Curitiba, fechou acordo de delação premiada e
vai cumprir prisão domiciliar em casa, em São Paulo. Avancini estava
preso desde novembro e é acusado de lavagem de dinheiro, corrupção e
organização criminosa. Durante o período da prisão domiciliar, ele será
monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Pela manhã, acompanhado dos advogados Marlus Arns e Pierpaolo
Bottini, ele compareceu ao Tribunal de Justiça do Paraná onde o juiz
federal Sérgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba, homologou a colaboração.
No total, 15 acordos foram feitos entre o Ministério Público Federal
(MPF). Apenas o acordo do engenheiro Shinko Nakandakari ainda não foi
assinado. O executivo saiu da PF por volta das 10h30 e foi levado para a
sede da Justiça Federal sob escolta policial.
Atualmente, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da
Petrobras, e Eduardo Leite, vice-presidente da construtora Camargo
Corrêa, também cumprem a pena em casa. Ao prestar depoimento em delação premiada, Avancini informou que a
empresa pagou pouco mais de R$ 100 milhões em propina para obter
contratos de obras na usina de Belo Monte. Ainda segundo Avancini, o
valor foi dividido entre PT e PMDB, com cada um dos partidos abocanhando
1% do valor dos contratos.
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