Grupo fez ato por melhorias nas condições de trabalho e do serviço público.
Manifestações também aconteceram no interior do estado, nesta quinta-feira.
Cerca de 2,5 mil manifestantes protestam em Goiânia (Foto: Paula Resende/G1)
Manifestantes fizeram um protesto pacífico na manhã desta quinta-feira (11), em Goiânia.
Cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, caminharam pelas
ruas do Centro da capital por quase quatro horas. Trabalhadores filiados
a oito sindicatos e movimentos sociais participaram do movimento, além
de estudantes e populares que se juntaram ao grupo. Eles reivindicam
melhorias nas condições de trabalho e nos serviços públicos em geral,
como saúde e educação.Munidos de apitos, cartazes e faixas os manifestantes saíram em caminhada às 11 horas. Representantes dos sindicatos falavam em carros de som e guiavam os manifestantes. Eles seguiram pela Avenida Goiás até a Praça Cívica, onde pararam em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do governo de Goiás. Policias Militares fizeram um cerco ao local para evitar a entrada de manifestantes. Nenhum incidente foi registrado.
O grupo protestou por mais de meia hora em frente ao palácio e depois seguiu para a Avenida Araguaia, onde caminhou até a Avenida Anhanguera. Pela via, os manifestantes seguiram até a Praça do Bandeirante para finalizar o ato, o que aconteceu logo após o meio-dia.
De acordo com a presidente CUT Goiás, Bia de Lima, o objetivo é mostrar que o país está reunido por melhorias, "por isso é importante ter protestos no interior também". Nas causas trabalhistas, eles protestam em geral pelo fim do fator previdenciário, para a jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial, contra a terceirização dos serviços públicos, pela valorização dos aposentados e pagamento integral da data-base.
Apesar das reivindicações nacionais, cada categoria tem pautas específicas, como os vigilantes, que não querem a mudança da carga horária de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, para 6 horas de trabalho diárias. "Eles querem que trabalhemos todos os dias. Isso vai reduzir nosso salário, não aceitamos", afirmou o coordenador do sindicato em Goiás, Márcio José de Brito.
Deficiente faz questão de participar de protestos
com esposa (Foto: Paula Resende/ G1)
Cidadaniacom esposa (Foto: Paula Resende/ G1)
A maioria dos manifestantes era ligada a sindicatos. No entanto, havia pessoas que foram para "exercer a cidadania", como o funcionário público aposentado, Divino Roberto da Silva, de 51 anos. "É importante participar. Protesto contra a corrupção no Legislativo e no Judiciário. A impunidade rola solta", declarou o aposentado, que é deficiente físico.
Ele comenta que os manifestos pelo país são consequência dos que aconteceram na década de 90, dos "caras pintadas", movimento para pedir o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. "A semente que tínhamos plantado naquela época está germinando. Temos que regá-la para ver se o povo muda de atitude", ressalta.
O aposentado conta que é a terceira vez que ele participa de protestos. "Este é o segundo evento que participo em Goiânia. Fui a outro no Rio de Janeiro, na Final da Copa das Confederações, no dia 20. Foi muito bom", conta.
Divino sempre vai às manifestações acompanhado da mulher, a funcionária pública Maria Aparecida da Silva, de 50 anos. "Além das melhorias nos serviços, nosso objetivo é trazer nossa filha. Ela tem que dispertar para essas questões sociais e participar dessa mudança do país", afirma.
Manifestantes reivindicam melhorias nas condições de trabalho (Foto: Paula Resende/G1)
InteriorProtestos também aconteceram em cidades do interior de Goiás na manhã desta quinta-feira. Além dos dois bloqueios na BR-153, Grupos atearam fogo em pneus e bloquearam as rodovias: BR-050, em Catalão; BR-364, em Jataí; BR-060, em Anápolis. e na BR-153 em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Itapaci. Todas as rodovias já foram liberadas.
O único protesto que ainda acontece em Goiás é na cidade de Anápolis, a 55 quilômetros da capital. Organizado pelo Movimento Mobiliza UEG, o protesto conta com a participação de alunos, professores e servidores, em greve há mais de 70 dias. Eles pedem melhor estrutura para a universidade e aumento salarial para os professores. O ato teve início por volta das 7h.
Estudantes e professores ocupam a reitoria da UEG em Anápolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
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