MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Trabalhadores protestam de forma pacífica por cerca de 4h, em Goiânia


Grupo fez ato por melhorias nas condições de trabalho e do serviço público.
Manifestações também aconteceram no interior do estado, nesta quinta-feira.

Paula Resende Do G1 GO

Dia de Lutas em Goiás - Goiânia (Foto: Paula Resende/G1)Cerca de 2,5 mil manifestantes protestam em Goiânia (Foto: Paula Resende/G1)
Manifestantes fizeram um protesto pacífico na manhã desta quinta-feira (11), em Goiânia. Cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, caminharam pelas ruas do Centro da capital por quase quatro horas. Trabalhadores filiados a oito sindicatos e movimentos sociais participaram do movimento, além de estudantes e populares que se juntaram ao grupo. Eles reivindicam melhorias nas condições de trabalho e nos serviços públicos em geral, como saúde e educação.
Acompanhando o movimento nacional, os protestos começaram no início da manhã, por volta das 6h30, com o bloqueio de rodovias federais que cortam o estado. Na Grande Goiânia, as estradas foram liberadas por volta das 8h30, quando pessoas já se dirigiam ao ponto de concentração, na Praça do Bandeirante, no cruzamento das Avenidas Goiás e Anhanguera, no Centro. Para controlar o trânsito, agentes da Secretaria Municipal de Trânsito bloquearam vias por onde a aglomeração passaria e desviaram o trajeto dos ônibus.
Munidos de apitos, cartazes e faixas os manifestantes saíram em caminhada às 11 horas. Representantes dos sindicatos falavam em carros de som e guiavam os manifestantes. Eles seguiram pela Avenida Goiás até a Praça Cívica, onde pararam em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do governo de Goiás. Policias Militares fizeram um cerco ao local para evitar a entrada de manifestantes. Nenhum incidente foi registrado.
O grupo protestou por mais de meia hora em frente ao palácio e depois seguiu para a Avenida Araguaia, onde caminhou até a Avenida Anhanguera. Pela via, os manifestantes seguiram até a Praça do Bandeirante para finalizar o ato, o que aconteceu logo após o meio-dia.
A marcha reuniu trabalhadores da  Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único da Saúde em Goiás (SindSaúde), Sindicato dos Funcionários do Fisco de Goiás (SindFisco), Sindicato dos Professores de Goiás (Sintego), Sindicato dos Bancários (Sindbancários), Sindicato dos Vigilantes (Sindvigilantes) e Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (SIEG).
De acordo com a presidente CUT Goiás, Bia de Lima, o objetivo é mostrar que o país está reunido por melhorias, "por isso é importante ter protestos no interior também". Nas causas trabalhistas, eles protestam em geral pelo fim do fator previdenciário, para a jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial, contra a terceirização dos serviços públicos, pela valorização dos aposentados e pagamento integral da data-base.
Apesar das reivindicações nacionais, cada categoria tem pautas específicas, como os vigilantes, que não querem a mudança da carga horária de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, para 6 horas de trabalho diárias. "Eles querem que trabalhemos todos os dias. Isso vai reduzir nosso salário, não aceitamos", afirmou o coordenador do sindicato em Goiás, Márcio José de Brito.
Deficiente faz questão de participar de protestos com a esposa, em Goiás (Foto: Paula Resende/ G1)Deficiente faz questão de participar de protestos
com esposa (Foto: Paula Resende/ G1)
Cidadania
A maioria dos manifestantes era ligada a sindicatos. No entanto, havia pessoas que foram para "exercer a cidadania", como o funcionário público aposentado, Divino Roberto da Silva, de 51 anos. "É importante participar. Protesto contra a corrupção no Legislativo e no Judiciário. A impunidade rola solta", declarou o aposentado, que é deficiente físico.
Ele comenta que os manifestos pelo país são consequência dos que aconteceram na década de 90, dos "caras pintadas", movimento para pedir o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. "A semente que tínhamos plantado naquela época está germinando. Temos que regá-la para ver se o povo muda de atitude", ressalta.
O aposentado conta que é a terceira vez que ele participa de protestos. "Este é o segundo evento que participo em Goiânia. Fui a outro no Rio de Janeiro, na Final da Copa das Confederações, no dia 20. Foi muito bom", conta.
Divino sempre vai às manifestações acompanhado da mulher, a funcionária pública Maria Aparecida da Silva, de 50 anos. "Além das melhorias nos serviços, nosso objetivo é trazer nossa filha. Ela tem que dispertar para essas questões sociais e participar dessa mudança do país", afirma.
Dia de Lutas em Goiás - Goiânia (Foto: Paula Resende/G1)Manifestantes reivindicam melhorias nas condições de trabalho (Foto: Paula Resende/G1)
Interior
Protestos também aconteceram em cidades do interior de Goiás na manhã desta quinta-feira. Além dos dois bloqueios na BR-153, Grupos atearam fogo em pneus e bloquearam as rodovias: BR-050, em Catalão; BR-364, em Jataí; BR-060, em Anápolis. e na BR-153 em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Itapaci. Todas as rodovias já foram liberadas.
O único protesto que ainda acontece em Goiás é na cidade de Anápolis, a 55 quilômetros da capital. Organizado pelo Movimento Mobiliza UEG, o protesto conta com a participação de alunos, professores e servidores, em greve há mais de 70 dias. Eles pedem melhor estrutura para a universidade e aumento salarial para os professores. O ato teve início por volta das 7h.
Manifestantes ocupam a reitoria da UEG em Anápolis, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Estudantes e professores ocupam a reitoria da UEG em Anápolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

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