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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Rodoviários levam greve ao 5º dia; Campos diz que 'não entra no jogo'


Em assembleia, categoria decidiu manter paralisação nesta sexta-feira (5).
'Nesse jogo eu não entro', afirmou governador de Pernambuco.

Do G1 PE

Sindicato dos rodoviários decidiu manter greve nesta sexta (5) (Foto: Luna Markman / G1)Sindicato dos Rodoviários decidiu manter greve nesta
sexta-feira (5) (Foto: Luna Markman / G1)
O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco decidiu, em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (4), manter a greve por tempo indeterminado. De acordo com o presidente que representa parte da categoria, Patrício Magalhães, não houve avanço nas negociações com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) nem com o governo estadual.
Na sexta-feira (5), a operação adotada hoje será repetida. Os ônibus sairão das garagens nas primeiras horas do dia e vão circular até as 8h. Depois, serão recolhidos para as garagens e voltarão a transportar passageiros das 17h às 20h. "Só vai ficar na rua uma quantidade mínima, não sei dizer quantos por cento, para a cidade não virar um caos geral", afirmou Patrício Magalhães.
"Nós fizemos várias reuniões ao longo do dia, aqui no Sindicato e em terminais de ônibus, e decidimos continuar a greve porque não houve avanço nas negociações. Ontem [quarta, 3], nós entregamos uma nova pauta de reivindicações para o secretário estadual de Articulação [Aluísio Lessa], mas não deram nenhuma resposta até agora", acrescentou Patrício.
A central sindical Conlutas, que faz oposição ao Sindicato dos Rodoviários, também informou que vai manter a paralisação e a operação "Tarifa Zero", adotada nesta quinta (4). "A estratégia não funcionou muito [a catraca livre] porque os empresários reduziram o número de ônibus e contrataram fiscais para ficar monitorando as paradas, vendo se os passageiros estão pagando passagem. Mas vamos continuar a operação sim, até que a patronal e o governo negociem conosco, pois o governador [Eduardo Campos] também tem responsabilidade nesse conflito", disse Hélio Cabral, integrante da executiva estadual do Conlutas.
Durante a abertura da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), na tarde desta quinta-feira (4), no Centro de Convenções, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos disse que não entraria no jogo dos sindicatos. “Faltou o entendimento, mas não foi possível devido a uma briga na base sindical. E já houve o julgamento. Quando a Justiça do Trabalho julga e diz que o movimento é ilegal, ela nos dá a condição de dizer [aos empresários]: cumpra o contrato que tem com o estado nem que para isso seja necessário contratar pessoas para colocar os ônibus em funcionamento. Agora o que não vamos fazer é entrar no jogo do sindicato dividido mais empresário de ônibus querendo levar o governo à mesa para aumentar passagem para justificar aumento de quem quer que seja, nesse jogo eu não entro. Minha tarefa aqui é defender o interesse do povo, é botar ônibus nas ruas para rodar e manter a redução da passagem”, argumentou.
Solicitação do MPPE ao governo do estado
A assessoria de imprensa do governador Eduardo Campos informou que ele recebeu um ofício do procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, pedindo para que o governo do estado utilize todos os meios legais para restabelecer o funcionamento do transporte público na Região Metropolitana do Recife.
Conforme a equipe de comunicação, o chefe do Executivo estadual telefonou para Fenelon e informou as providências já tomadas pelo Executivo. “As empresas estão sendo obrigadas a contratar funcionários para colocar os ônibus em circulação e nós garantimos a segurança desse trabalho”, disse Eduardo. Na nota, o procurador-geral de Justiça pede que o governo utilize os meios legais cabíveis para que seja estabelecida a paz socia.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), Fernando Bandeira, disse que autorizou a contratação de pessoal para substituir os trabalhadores faltosos. "Nós decidimos partir para a contratação aos faltosos. Toda essa parte de negociação, de dissídio já foi resolvida", pontuou.

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