MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 28 de julho de 2013

Parque do Utinga, em Belém, preserva belezas naturais da floresta


Espaço possui mananciais e uma vasta diversidade de fauna e flora.
Local pode ser utilizado para passeios, caminhadas e trilhas.

Do G1 PA*

Parque ambiental tem trilhas ecológicas e mananciais (Foto: Oswaldo Forte / O Liberal)Parque ambiental tem trilhas ecológicas e mananciais (Foto: Oswaldo Forte / O Liberal)
O Parque Estadual do Utinga (Peut) é uma opção de lazer para moradores de Belém e visitantes durante o mês de julho. O local, criado em 1993, tem uma área equivalente a 1.400 campos de futebol e está localizado na área urbana da capital, permitindo que quem gosta da natureza possa conferir um pedaço tranquilo da Amazônia a poucos quilômetros do centro da cidade.
Infográfico Utinga (Foto: Nathiel Sarges/ G1)
A área pode ser utilizada para caminhar, andar de bicicleta, e, principalmente, para aprender sobre a conservação do meio ambiente. Para quem gosta de ecoturismo existem 8 opções de trilhas com diferentes percursos - todas em contato direto com as diversas espécies da fauna e flora da região.
“As trilhas são escolhidas de acordo com o perfil do grupo, faixa etária dos integrantes e objetivo da visita. Cada trilha tem tamanhos, percursos e nível de dificuldades diferentes”, explica o técnico Roberval Vieira.
As trilhas podem ser feitas com agendamento prévio. Os grupos devem ser formados por pelo menos 7 pessoas. O percurso mais utilizado pelos visitantes é do da “Trilhado Macaco”, em homenagem à espécie macaco de cheiro que habita no local. O trajeto dura, em média, 40 minutos.
De acordo com Vieira, a "Trilha do Macaco" foi um dos primeiros caminhos a serem percorridos no parque. “É a mais utilizada porque é bem estratégica. Ela começa no lago Bolonha e já termina no centro de visitação, onde são realizadas outras atividades da visita”, acrescenta o técnico.
Giovanna Ramos, de 8 anos, esteve no parque pela primeira vez. Ela participou da trilha do macaco e diz que a experiência valeu a pena. “Meu pai já tinha vindo aqui e me incentivou a vir. Eu gostei muito da trilha, de andar na floresta. Só fiquei com medo de encontrar alguma cobra”, brinca a estudante, que também prometeu convidar parentes e amigos para conhecer o local.
Parque é alternativa para passeios ecológicos perto de Belém (Foto: Izabella Bemerguy / G1)Parque é alternativa para passeios ecológicos perto de Belém (Foto: Izabella Bemerguy / G1)
Tratamento de água
Durante o passeio, os visitantes também são orientados sobre o tratamento e uso da água que abastece 70% dos lares de Belém e Ananiondeua, na região metropolitana da cidade. A água que chega às torneiras dos paraenses é coletada do rio Guamá tratada nos dois mananciais que formam os lagos Água Preta e Bolonha, localizados dentro do parque ambiental.
Visitantes podem acompanhar o tratamento da água que abastece Belém (Foto: Izabella Bemerguy / G1)Visitantes podem acompanhar o tratamento da água
que abastece Belém (Foto: Izabella Bemerguy / G1)
A experiência agrada aos visitantes, que passam a entender como a conservação do meio-ambiente tem impacto direto no seu cotidiano. “É a segunda vez que eu visito o parque e sempre aprendo coisas novas sobre os cuidados com as plantas e o animais. Mas que eu mais gosto é da parte sobre a limpeza da água. É muito legal saber de onde ela vai e o que acontece antes de sair na torneira. Também já sei até identificar os lagos por onde elas passam”, revela a estudante Cristyne Juliana, de 12 anos.
A pedagoga Maria Helena Andrade trabalha em um projeto que atende comunidades carentes do bairro da Sacramenta. Ela conta que à visita ao parque faz parte da programação da Colônia de Férias das crianças, mas reforça que a atividade também será realizada durante o resto do ano.
“É muito importante passar o conhecimento sobre esse tratamento da água e a preservação do meio ambiente, porque a água do planeta pode acabar um dia e as pessoas precisam ter consciência disso”, destaca a pedagoga.
Cobra (Foto: Igor Mota/ Amazônia Jornal)Parque tem exemplares da fauna amazônica
(Foto: Igor Mota/ Amazônia Jornal)
Fauna e Flora
Em todo o parque podem ser encontradas diversas espécies de animais da amazônia, como as serpentes coral, jararaca e piriquitambóia; aves como o quero-quero, jaçanã e o pica-pau; mamíferos como capivara, preguiça e macacos, além das espécies de plantas nativas da Amazôia, entre elas a andiroba, cuja a semente tem propriedades medicinais, a samaúma, que atinge enormes proporções de cumprimento e largura, e a castanheira, que gera o fruto da castanha.
A estudante e pesquisadora Adrhyann Portílho trabalha como guia do parque há 4 meses, e conta que é prazeroso despertar a curiosidade dos visitantes acerca do espaço. “Muitas pessoas moram aqui ao lado e não conhecem essa área tão bonita e tão rica em recursos naturais. É um ambiente interdisciplinar que deveria ser conhecido por todos”, comenta.
Visitas agendadas
As visitas monitoradas devem ser agendadas, por meio de ofício, diretamente na gerência do parque, que fica localizado na avenida João Paulo II, bairro do Curió-Utinga, em Belém.
trilha do macaco (Foto: Izabella Bemerguy / G1)A trilha do macaco é uma das favoritas dos visitantes
(Foto: Izabella Bemerguy / G1)
As visitas agendadas são feitas por grupos de no mínimo 7 e no máximo 35 pessoas. A programação inclui palestras, caminhadas nas trilhas, visitação à estação de tratamento de água, entre outras atividades. O parque também oferece um micro-ônibus para garantir o transporte de ida e volta do parque, sem custos para os visitantes.
Caso desejem café da manhã, os visitantes também podem incluir o pedido no ofício de agendamento. Para os interessados em realizar caminhadas e passeios de bicicleta e patins, os portões estarão abertos a partir das 6h e não é necessário acompanhamento de guia. Essas atividades encerram às 16h e também são gratuitas.
Os passeios podem ser marcados nos horários de 8h às 18h, de segunda à quinta-feira, e de 8h às 12h nas sextas-feiras. Aos sábados e domingos, o horário das visitas é de 8h às 14h.

* Colaborou Izabella Bemerguy

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