Nessa terça-feira, o Ministério da Saúde publicou dois editais para a contratação de médicos nas áreas consideradas prioritárias pelo governo
GABRIELA VIEIRA - Agência Estado
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, saiu em defesa
do Plano Mais Médicos na manhã desta quarta-feira, 10, alegando que as
mudanças anunciadas fazem parte de um conjunto de medidas de curto,
médio e longo prazo da pasta, que procura levar mais profissionais para a
população. "As medidas que estamos implantando com o Mais Médicos são
emergenciais", disse em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, do canal estatal NBR.Na falta desses profissionais para o preenchimento das vagas, a pasta vai buscar médicos formados no exterior - sem a revalidação do diploma. "Se houver a revalidação do diploma, o médico estrangeiro poderá atuar em qualquer localidade do País. E não é isso que queremos. Queremos que o médico atue nas áreas carentes", justificou.
Formação. Padilha defendeu ainda a polêmica ampliação de dois anos no curso de Medicina, dizendo que a preocupação do governo é com a boa formação de profissionais. "Queremos um médico mais bem formado, com visão geral do paciente. Isso vai fazer diferença na saúde pública do nosso País".
Ele esclareceu que não há mudança para os estudantes que já cursam Medicina. As propostas, se aprovadas, passariam a valer para os alunos que ingressarem nas faculdades após 2015. Padilha negou que os dois anos de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS), sem área de especialização, sejam uma forma de serviço social obrigatório: "Não existe proposta que obrigue o estudante a ir para onde não queria".
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