MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Com câncer, empresária potiguar diz que otimismo é o 'melhor remédio'


Fabiana Gondim, de 40 anos, descobriu o câncer de mama em maio.
Apoio da família e amigos também contribuem para o tratamento.

Fernanda Zauli Do G1 RN

Fabia Gondim (Foto: Fernanda Zauli/G1)Fabia Gondim descobriu que tinha câncer em maio deste ano (Foto: Fernanda Zauli/G1)
“Problemas sempre vão existir, mas com um sorriso no rosto é mais fácil enfrentá-los”. A empresária Fabiana Gondim, 40 anos, foi diagnosticada com câncer de mama em maio deste ano. O nódulo tinha 2,2 cm e o câncer era um dos mais agressivos. Ela achou que ia morrer. Chorou. Sofreu. Até perceber que a doença não era sua sentença de morte. “No começo é muito difícil, é um impacto, um choque. É inevitável, eu pensei que ia morrer, mas conforme a gente vai se informando, conhecendo outros casos, a gente percebe que é possível enfrentar e superar a doença. Hoje eu sei que o resultado do exame que confirmou o câncer não era a minha sentença de morte”, disse.
Enfrentar o câncer com otimismo pode ser determinante para o sucesso do tratamento. De acordo com o mastologista Maciel Matias, da Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer, quando a pessoa se entrega, a defesa baixa, e quando a defesa baixa, a doença progride. “O otimismo é fundamental. Claro que não é fácil, tem gente que não consegue enfrentar o câncer com otimismo, mas isso pode ser determinante”, disse.
Fabiana Gondim (Foto: Fernanda Zauli/G1)Empresária optou por raspar a cabeça antes mesmo
dos cabelos começarem a cair
(Foto: Arquivo pessoal)
Para Fabiana, a mudança de postura diante do diagnóstico de câncer, veio a partir de uma declaração de sua médica. “Ela disse que estava me tratando para eu viver até 100 anos. E alí eu percebi que eu ia sobreviver, que minha médica acreditava nisso, e eu passei a acreditar também. Decidi enfrentar a doença com força e otimismo e descobri que esse é o melhor remédio”, disse. A informação sobre a doença também está ajudando Fabiana a manter o otimismo. “A gente acaba se informando, conhecendo histórias de pessoas que também passaram por isso e superaram e isso vai te dando forças”.
Proprietária de um salão de cabeleireiros e uma clínica de estética, Fabiana Gondim se viu diante de uma difícil decisão no início do tratamento: raspar ou não os cabelos. “Mais uma vez a informação foi importante. O médico falou que o meu cabelo iria cair de qualquer jeito, e que seria melhor que fosse uma decisão minha raspar o cabelo do que ver meu cabelo caindo, acordar com o travesseiro cheio de cabelos. Então eu decidi raspar. Não foi fácil, no começo eu me desconheci. Mas foi um amadurecimento. Hoje eu vejo outras belezas em mim. As pessoas pensam que a queda do cabelo é sintoma da deonça e não é. A queda do cabelo é sintoma da quimioterapia que é o primeiro passo para cura, então é sintoma do começo da cura”, diz.

Terapia do carinho
Para conseguir manter a força e o otimismo, a empresária conta com o que ela chama de 'terapia do carinho': o apoio de amigos e familiares.“O ritmo do dia a dia consome as relações e eu fiquei encantada com a solidariedade das pessoas, com o tempo que as pessoas estão dedicando a mim. Eu recebo muitas mensagens, eu me sinto amada, cuidada. Isso me dá muita força e eu não posso decepcionar essas pessoas”, disse. “A doença me fez fortalecer laços, me aproximar mais da família, de pessoas que são realmente importantes”.
Eu me sinto amada, cuidada, isso me dá muita força "
Fabiana Gondim
O mastologista Maciel Matias reforça a informação de que o apoio da família e dos amigos é importante para o enfrentamento da doença. "É importante o apoio de todas as pessoas envolvidas, de toda a equipe multidisciplinar de médicos, psicólogos, e acima de tudo, da família e dos amigos, junto do paciente, participando, mas não tendo peninha e sim estando junto, dando força e suporte", disse.
“Quem não para para se cuidar, para para se tratar”
Fabiana estava em São Luiz do Maranhão quando sentiu um nódulo no seio durante o banho. Imediatamente ela entrou em contato com sua ginecologista que já foi agilizando os exames enquanto Fabiana voltava de viagem. Aos 40 anos de idade, ela nunca tinha feito uma mamografia. “Eu negligenciei a minha saúde. A gente prioriza trabalho, família, e não prioriza a saúde. Eu era uma mulher multitarefas: administrava a casa, minha carreira, a empresa, tinha um ritmo frenético de vida e acabava sem tempo de cuidar de mim. Eu me arrependo por isso”, disse.
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum em mulheres, correspondendo a 22% dos novos casos a cada ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Quando diagnosticado precocemente e tratado de maneira correta é possível aumentar as chances de cura em mais de 90% dos casos.
De acordo com o mastologista Maciel Matias, toda mulher deve fazer o auto exame com frequência e procurar um médico imediatamente caso perceba alguma alteração na mama. “Além disso, existem alguns hábitos de vida que podem minimizar os ricos de ter câncer, como ter uma alimentação saudável, reduzir carnes vermelhas, gorduras, corantes, excesso de álcool, praticar atividade física regularmente e ser feliz. Ser feliz também é fundamental”, disse.
Serviço
Grupos de apoio
Para auxiliar no enfrentamento do câncer muitas pessoas pessoas buscam ajuda em grupos de apoio que acolhem e oreintam o paciente. Confira alguns dos grupos que atuam em Natal;
Grupo Reviver
O Grupo Reviver foi a Procuradora do Estado, Idaísa Cavalcanti em outubro de 2012, com apoio de um grupo de 12 mulheres. Uma instituição que visa alertar as mulheres para a prevenção ao câncer de mama. Vítima da doença, hoje curada depois de longa temporada de tratamento em Natal e no Rio de Janeiro, Idaísa lançou, em 2011, um livro que na verdade é um manual. Para as mulheres portadoras da doença e que desconhecem, por exemplos, direitos que a lei lhes dá.  (84) 9402.7170
Projeto Viva Melhor
Idealizado pelo setor de humanização e voluntariado da Liga Contra o Câncer, o projeto Viva Melhor consiste em um conjunto de ações que tem por objetivo apoiar e levar um pouco de atenção para pessoas carentes que passaram ou ainda se encontram sob tratamento oncológico. (84) 4009-7408
Rede Feminina Contra o Câncer
A Rede Feminina Contra o Câncer é responsável pela administração da Casa de Apoio Irmã Gabriela, ponto de acolhimento de pacientes carentes do interior. O grupo também realiza um importante trabalho de conscientização, fazendo visitas a bairros carentes e promovendo palestras educativas, entre outras ações que mobilizam toda a sociedade. (84) 4009-5700
Grupo Despertar
O Grupo Despertar é uma iniciativa voluntária empreendida por mulheres que passaram pela experiência do diagnóstico e do tratamento de câncer de mama. O objetivo da iniciativa é apoiar e levar alento a mulheres com a doença, por meio da orientação e humanização do processo de terapia.  (84) 4009-5510

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