Clima e pragas prejudicam produção do algodão em Goiás

Agricultores aproveitam o tempo seco para colher as lavouras de algodão.
Produtividade, este ano, vai ficar abaixo do esperado.

Do Globo Rural

Na lavoura, a colheitadeira retira o algodão das plantas e já deixa os fardos enrolados e protegidos da umidade. Na fazenda Novo Milênio, no município de Chapadão do Céu, em Goiás, a colheita ainda está no início.
O produtor Renato Schneider tem 15 anos de experiência com a cultura e plantou cerca de mil hectares. Ele conta que o ano passado a produção foi de 265 arrobas por hectare, produtividade considerada acima da média.
Este ano, a produtividade da fazenda deve ficar abaixo do esperado. Renato deve colher 35% menos do que colheu o ano passado. Além da forte chuva que caiu no final do ciclo atrasando o início da colheita, o produtor teve problemas com três tipos de pragas. O resultado é possível ver nas maçãs do algodão, que não se desenvolveram como deveriam.
Além do bicudo e da mosca branca, a lavoura foi atacada pela lagarta helicoverpa, uma praga que ainda era desconhecida pelos produtores da região. "Em 15 anos de história de algodão, esta é a nossa pior colheita pelo nível de investimento e tecnologia aplicada", conta Renato.
Por causa dos problemas na lavoura, o custo da produção ficou 50% mais caro do que foi planejado.