Escola contou história da África e dos negros, em desfile sem atrasos.
Com bandeiras e bexigas, torcedores foram ao delírio.
Desfile da Boa Vista. (Foto: Beto Morais/ G1ES)
A águia da Independente de Boa Vista cantou alto e seu som ecoou pelas
arquibancadas e camarotes do Sambão do Povo durante seus 67 minutos de
desfile, sem atrasos. Ocupando grande parte das arquibancadas, a torcida
da escola de Cariacica torceu como se estivesse em um jogo de futebol e
vibrou a cada passo, movimento e efeito especial da escola na avenida
como se fosse um gol. A agremiação teve como enredo a África e a
liberdade dos negros.Para representar o continente, africanos desfilaram pela Boa Vista, como foi o caso de Maikel Miran, de Guiné Bissau. "É fantástico, sensacional o que a escola está fazendo. É uma boa forma de acabar com o preconceito. Vou mostrar para todos amigos e parentes da África", contou.
Representando Cariacica, a escola foi guiada pelo prefeito Juninho e seu pai Geraldo Luzia. Ambos regeram a torcida e, por muitas vezes, levaram os fãs a seguir os passos nas arquibancadas. O que também levou os fãs ao delírio foram os carros com a águia da Boa Vista que emitia o som característico do animal e o carro que representava o ex-presidente sulafricano Nelson Mandela.
Apesar da superprodução, a agremiação enfrentou alguns problemas. A porta-bandeira perdeu o adereço que cobria sua cabeça, que, por diversas vezes, tentou recolocá-lo, sem sucesso. A escola também precisou acelerar o ritmo para cumprir o horário no fim do desfile. Mas nada que desanimou os fãs, que terminaram o desfile com o samba-enredo na ponta da língua e esboçando alguns gritos de 'É Campeão'.
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