MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sebos em Alagoas se reinventam para manter mercado de usados


Negócio passado de pai para filho ganhou comércio on-line.
Outros comerciantes incluem, além de livros, discos para atrair clientes.

Do G1 AL

Quando Benedito Ferreira Lima começou o negócio de compra, venda e troca de livros usados, ainda na praça Dom Pedro II, no centro de Maceió, há 35 anos, ele não imaginou a proporção que o negócio iria tomar. Seu filho, José Augusto da Silva, à época com apenas 6 anos, o acompanhou em todo o processo, até finalmente montar uma barraca na rua Dr. Pontes de Miranda, onde se encontra até hoje.
Em pilhas, livros são acumulados em um sebo no centro de Maceió. (Foto: Jonathan Lins/G1)Empilhados, livros são esquecidos em um sebo no centro de Maceió. (Foto: Jonathan Lins/G1)
O pai de Silva não chegou a ver a diminuição que a internet causou na procura pelos sebos. Ele faleceu há cerca de 10 anos, deixando o negócio da família para o filho, que nesse último ano, mudou a maneira de fazê-lo.
Proprietário mostra a variedade de produtos comercializados em sua banca (Foto: Jonathan Lins/G1)Silva exibe lojinha que mantém no centro de
Maceió com orgulho. (Foto: Jonathan Lins/G1)
Silva encontrou através da rede virtual o seu melhor recurso para a venda de livros. "Hoje o caminho é pela internet. Ainda tenho muitas coisas boas para colocar e, com certeza, vão vender rapidinho", conta. Ele diz que quando começou com o pai, os livros eram vendidos aos montes, quase nunca sobravam, mas hoje é diferente.
Com a queda no movimento, o filho do Bil, como era conhecido o patriarca da família, teve que procurar outra solução para poder se sustentar. Ele conta que errou muito quando começou a montar sua loja virtual. "Eu enviava livros sem nem ao menos ter a comprovação da compra, era tudo muito estranho pra mim, mas aos poucos fui pegando o jeito", explica.
Atualmente as vendas pela internet superam as da loja física, que, por ter pouco espaço, só abriga os livros didáticos, que ainda são procurados por quem passa por ali. "Os melhores eu deixo em casa, só trago se alguém encomendar", completa.
Jailson Alvim, há quatro anos, segue no negócio de venda de discos de vinil. (Foto: Jonathan Lins/G1)Jailson Alvim, há quatro anos, segue no negócio de
venda de discos de vinil. (Foto: Jonathan Lins/G1)
Mas não só de livros os sebos sobrevivem. Alguns comerciantes põem à venda outras raridades, como discos. É o caso de Jailson Alvim, que veio de uma família ligada à música. Seu avô tocava trombone e sua mãe, orgão.
Desde pequeno Alvim tinha o sonho de ter uma loja de discos, mas se contenta com o sebo. "É bom estar aqui e conversar sobre música, estes discos de vinil são como um tesouro para mim", compartilha. Há quatro anos ele passou a ter seu espaço no famoso paredão da Assembléia Legislativa, na mesma rua onde fica a loja de Silva. Segundo ele, os discos proporcionam um diferencial, chegando a vender bem mais que os livros.
Alvim já chegou a ser convidado para participar de festivais de música em Maceió, onde sempre comparece com uma barraquinha para a venda de vinil. "Eu gosto das surpresas, algumas pessoas passam e veem discos dos tempos de juventude, sempre bate uma nostalgia", explica.
Os alfarrábios funcionam de segunda a sábado na rua Dr. Pontes de Miranda, atrás da Assembléia Legislativa, em horário comercial. Quem se aventurar no garimpo, poderá encontrar exemplares por preços bem mais acessíveis que nas grandes livrarias on-line, novos ou usados. Além da possibilidade de venda ou troca após o uso.

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