Trabalho é realizado em sistema de mutirão.
Projeto conta com duas mil mudas de espécies como ipê e aroeira.
Pequenos produtores rurais fazem parte do grupo que corta o mato alto e planta mudas. Assim, as nascentes são recuperadas. O agricultor Geraldino de Souza foi um dos primeiros beneficiados pelo trabalho. “Foi vantagem demais para mim. No verão, quase não dava para o gado beber”, diz.
O reflorestamento protege as nascentes porque impede que elas sejam soterradas pelo efeito das enxurradas. As mudas plantadas são de árvores típicas do cerrado e têm raízes profundas. Por isso, ajudam o solo a absorver melhor a água das chuvas. O projeto conta com duas mil mudas de 15 espécies diferentes, como ipê, jenipapo e aroeira. Todo o material é garantido por doações da igreja católica, da iniciativa privada e da prefeitura.
O agricultor Luís Nunes Faria cria cerca de 70 cabeças de gado de corte em 90 hectares na comunidade do Bananal, em Rondonópolis, no sul de Mato Grosso. Ele diz que a degradação foi provocada pelas enxurradas e pelo próprio pisoteio do gado.
As nascentes da propriedade do produtor se encontram no rio Boruaba, que deságua no rio São Lourenço, um dos principais afluentes do pantanal mato-grossense. A cerca na propriedade também foi feita em sistema de mutirão em outubro de 2012.
O agricultor organizou a área e protegeu as minas em um raio de 50 metros para evitar que os animais continuassem descendo para beber água e destruíssem a vegetação e as nascentes. Agora, ele pretende instalar tanques para fornecer água para o gado.
Os voluntários do projeto, que começou a ser desenvolvido em 2012, ajudaram a recuperar minas em 20 propriedades. O grupo pretende proteger outras 53 nascentes nos próximos meses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário