Paciente morreu enquanto se recuperava de cirurgia em São Paulo.
Ela era hipertensa e fez exames pré-cirúrgicos.

O hospital informou ao G1 que funciona como um centro de hotelaria cirúrgica. Quem faz os exames pré-operatórios, o agendamento e a cirurgia é a clínica contratada pela paciente. O hospital só deve se pronunciar sobre o caso após a divulgação do laudo necroscópico.
Em nota divulgada no início da tarde, a Pró-Corpo afirmou que é “uma empresa responsável exclusivamente pela assessoria administrativa, que inclui serviços como pré-análise de crédito entre outros atos administrativos". O médico que fez a cirurgia presta serviço como autônomo para a clínica MWells, que irá aguardar o laudo final do IML para se pronunciar, de acordo com a advogada Fabiola M. Duarte, representante das duas empresas.
“O primeiro médico disse que colocaria até 360 ml, porque acima disso implicaria risco. Só que ele só poderia fazer a cirurgia em 18 de fevereiro. Esse disse que colocaria uma prótese de 400 a 450 ml. Esse [médico] foi escolhido na ansiedade. Ela não se informou direito sobre ele”, disse Danilo. O procedimento foi pago à vista, segundo a família.
Bancário fez empréstimo para pagar cirurgiaplástica para a mãe (Foto: Letícia Macedo/ G1 )
O médico contou à família que tudo correu bem durante o procedimento, mas ela teve uma parada cardiorrespiratória enquanto se recuperava. O outro filho da vítima, o vigilante Darlan Pereira Santiago, de 26 anos, conversou com o médico ainda no hospital. “Ele disse que qualquer um que tem mais de 35 anos pode ter um infarto, inclusive ele. Que era normal. Para mim foi erro médico. Faltou uma atenção, porque se tivesse alguém com ela no pós-operatório, ela poderia ter escapado”, afirmou.
Investigação
A polícia instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. De acordo com o delegado Olívio Lira, do 14º Distrito Policial, afirmou que as perícias no hospital foram concluídas. Os filhos da diarista devem prestar depoimento na sexta-feira. Apenas depois desse depoimento, as autoridades policiais devem ouvir representantes da clínica. Lira informou que até o momento, a polícia não fez levantamentos sobre antecedentes criminais do médico.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou no fim desta manhã que deu início a uma sindicância sigilosa para apurar o que aconteceu nesse caso. A apuração pode demorar de 6 meses a 2 anos.
Familiares estiveram no IML na manhã desta quarta-feira (Foto: Letícia Macedo/ G1)
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