MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ilhas isoladas são refúgios de aves e pescadores na Lagoa dos Patos, RS


Ilhas da Croa e da Feitoria ficam próximas da praia do Laranjal, em Pelotas.
Turistas podem visitar os locais mediante agendamento de barcos.

Do G1 RS

Ilha da Crôa e da Feitoria, na Lagoa dos Patos, em Pelotas (RS) (Foto: Reprodução/RBS TV)Ilhas na Lagoa dos Patos são refúgios de beleza onde poucos pescadores vivem (Foto: Reprodução/RBS TV)
Não muito longe da costa da praia do Laranjal, em Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul, há lugares praticamente abandonados e paradisíacos. Isoladas na Lagoa dos Patos, a Ilha da Croa e a Ilha da Feitoria são locais de passagem para pescadores e abrigam poucas famílias que vivem do que retiram das águas.  No entanto, é possível conhecer essas áreas em passeios de barcos programados para até 20 pessoas, como mostra a reportagem da RBS TV (veja vídeo abaixo).
Os responsáveis pelas visitações são os guias da Colônia de Pescadores Z-3, que fica a 25 km do centro de Pelotas. Um deles é Enilton dos Santos, capitão do barco Versales. Sempre junto da mascote Bonita, uma cadela de porte médio, ele faz o trajeto agendado com os turistas.
“Agora é verão e o pessoal pode se esbaldar na nossa lagoa”, diz o pescador, acompanhado do amigo Isar Bernardes dos Santos, que há 38 anos trocou a rotina de redes e sarrafos pela vida na cidade e agora é funcionário público. “Antigamente a gente podia pescar inverno e verão. Hoje em dia tem o período da piracema, em que é obrigado parar”, justifica.
O percurso entre a costa da praia do Laranjal e uma área delimitada por boias de navegação segura, na qual fica a Ilha da Croa, leva aproximadamente 1h45. Bandos de biguás, ave aquática típica da região, podem ser avistados em toda a extensão do local, cujo trajeto pode ser feito a pé em cerca de 30 minutos. Segundo pescadores, a ilha é artifical, criada em função da drenagem realizada no canal.
Trajeto obrigatório para os navios que partem de Porto Alegre rumo ao porto de Rio Grande, a ilha está abandonada. Por todos os lados é possível ver ruínas de estruturas que um dia receberam pescadores durante a época da safra do camarão. Há cabanas com algumas roupas esquecidas, camas de madeira e cobertas por telhas precárias.
Mais 30 minutos de navegação levam os visitantes até a Ilha da Feitoria, que abriga mais de 400 espécies de plantas. Gigantescas e centenárias figueiras são onipresentes nos 7,5 km de extensão.  Há cerca de 50 anos, a área era ocupada por 300 pessoas, tinha escola e até um time de futebol. Uma tragédia no início dos anos 1970 fez com que muitas famílias abandonassem a ilha.
“Um incêndio em uma casa matou uma mulher grávida e uma criança. O fogo começou de noite”, relembra o pescador e morador da ilha Darci Badalupe. “O pessoal se dava muito bem e ficou todo mundo abalado”.
Atualmente, a Ilha da Feitoria abriga 4 famílias que pouco contato têm com a cidade. O pescador conhecido como Seu Cocó nasceu no local há 44 anos. “Aqui é tão tranquilo que consigo pegar peixe graúdo com linha”, conta ele, que mora na antiga igreja, uma estrutura que resiste às intempéries e na qual restou apenas uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes. “Eu passo o tempo remendando uma rede, cortando lenha. Acabo me entretendo”, garante.
Serviço
Passeio de barco pelas ilhas da Croa e da Pintada
Valor: R$ 150
Lotação do barco: até 20 pessoas
Onde: saída da Colônia Z-3 (Av. Raphael Brusque, 61 - Praia do Laranjal)
Contato: (53) 3226-0071

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