Aparelho é em formato de pulseira e possui três versões.
Paranaense tem 21 anos e busca patentear e viabilizar o projeto.
Pulseiras funcionam em três versões - bluethooth, wireless
e GPS (Foto: Adriana Justi / G1)
O estudante do curso de Engenharia de Controle de Automação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
(PUC-PR), Matheus Von Biveniczko Tomio, de 21 anos, desenvolveu um
aparelho que emite um alarme sonoro quando uma criança se distancia dos
pais por mais de dez metros.e GPS (Foto: Adriana Justi / G1)
No formato de pulseira e batizado de 'Bebê a Bordo', o aparelho tem três versões que funcionam por bluetooth, wireless e sistema de posicionamento global (GPS).
"A ideia consiste basicamente em um par de pulseiras que se comunicam somente entre elas. O adulto fica com uma e o bebê com a outra. Quando ambos se distanciam por mais de 10 metros, os dois aparelhos vibram e emitem um efeito sonoro, o que faz com que, no caso, a mãe ou o pai perceba que 'esqueceu' o filho", explica o estudante. A bateria dura cerca de 90 horas.
Projeto 'Bebê a Bordo' criado pelo estudante em 2007 (Foto: Adriana Justi / G1)
O objetivo da criação, ainda segundo Matheus, surgiu depois de vários
casos que envolviam esquecimento de crianças em lugares fechados, como
carros, por exemplo."Quando eu ainda estava no Ensino Médio e morava na Bahia, em 2007, eu sempre via na televisão e ouvia no rádio casos de esquecimento que terminava, na maioria das vezes, em tragédia. Como o estado é muito quente, muitas delas sofriam, inclusive, queimaduras. Foi então que, conversando com meu pai, tive a ideia de criar um aparelho que pudesse evitar esse tipo de coisa", acrescenta Matheus, que explica ainda que o esquecimento pode ser percebido em qualquer situação e não somente dentro do carro, como foi a ideia inicial.
Sem investimentos para fabricar o produto, Matheus conta que, desde 2007, quando idealizou o projeto, espera uma oportunidade. "Das três versões, eu coloco a do bluetooth como a mais básica e mais fácil de ser viabilizada. Eu acredito muito que o projeto vai ajudar a salvar vidas. Atualmente, eu descarto a possibilidade dos casos de esquecimento acontecerem por negligência, e sim, por acúmulo de ocupações mesmo. E para isso, nada melhor que a tecnologia para ajudar", ressalta Tomio.
O professor e coordenador do curso de Engenharia de Controle de Automação, Ricardo Alexandre Diogo, apoia a viabilização. "Se eu pudesse e tivesse recursos, até do próprio curso, ajudaria, já que acredito muito que realmente ele será usado como benefício para a sociedade em geral. Esse tipo de tecnologia ajuda a gente a sair um pouco do piloto automático do dia a dia e faz pensar mais nas coisas", avalia.
"Eu achei muito interessante a ideia, já que é válida não somente para esquecimentos no carro. Em situações como sequestros e lugares com muita gente, como a praia e supermercados, por exemplo, também poderá ser útil", ressalta a secretária Juscimeire Bello de Matos, de 34 anos.
Antes de chegar ao protótipo das pulseiras, o estudante conta que criou outro dispositivo que também pode ajudar a salvar vidas.
"Inicialmente desenvolvemos um dispositivo com base magnética que quando você colocasse a criança na cadeirinha ela fosse para cima do carro. Como aqueles usados pela polícia americana quando tem perseguição. Mas percebemos que o projeto tinha falhas, afinal, se um pai ou uma mãe esquece o filho, também vai esquecer o dispositivo", conta Tomio, que afirma ainda que também pretende adaptar e viabilizar essa versão.
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