Artista levou a vida simples do homem do campo para a tela do cinema.
Acadêmicos do Tucuruvi irá desfilar no sábado (9) em São Paulo.
O jeitão caipira está na maneira de se vestir e de prosear. O agricultor Benedito Fernando Valério passou a vida inteira na roça. A terra e os costumes são uma herança dos pais. Todo dia, ele acorda às 5hs, calça a velha botina e sai para cuidar da plantação de laranja e do gado leiteiro. A convivência com os animais se transformou em carinho. Aos 77, esse homem do campo só quer distância da cidade.
Essa figura tão comum pelo Brasil afora ficou famosa na interpretação de Amacio Mazzaropi, que era um gênio da simplicidade. Ao longo de vida, o ator interpretou muitos personagens, mas o carro chefe sempre foi a cultura caipira justamente pela admiração que Mazzaropi tinha pelo homem do campo.
A imagem do cineasta se confunde com a do matuto. Entre os 56 filmes feitos por ele, o Jeca é um dos mais lembrados pelo público. Ele ganhou o carisma das pessoas pela identificação. As produções continuam em cartaz no Museu Mazzaropi, em Taubaté, no estado de São Paulo, que guarda um acervo com aproximadamente 10 mil peças que pertenceram a Mazzaropi. O homem que falava a língua do povo morreu em 1981, aos 69 anos.
A história de Mazzaropi será recontada no carnaval por uma escola de samba de São Paulo. A Acadêmicos do Tucuruvi vai homenagear o artista, com o enredo “Mazzaropi: o adorável caipira. Cem anos de alegria". O caipira Filaderpho vai embarcar no desfile. O ator que ajuda divulgar a memória de Mazzaropi foi convidado para atuar na avenida. Com o jeito jeca de ser, provavelmente, ele sai como um dos destaques da Tucuruvi. Mas matuto que é, ele não revela quase nada.
A Acadêmicos do Tucuruvi será a penúltima escola de samba de São Paulo a desfilar no sábado (9).
Nenhum comentário:
Postar um comentário