Em 2012 foram 5,7 milhões; meta para 2020 é de 10 milhões.
Presidente interino criticou preços de hoteis e transporte aéreo no país.
O presidente em exercício da Embratur, Paulo Guilherme de Araújo, afirmou nesta segunda-feira (25) que a autarquia projeta atrair 6 milhões de turistas estrangeiros em 2013. Em 2012, o país recebeu 5,7 milhões de turistas estrangeiros, enquanto em 2011 esse número atingiu 5,4 milhões. A meta para 2020 é de 10 milhões de turistas internacionais.
Segundo Araújo, que é também chefe de gabinete da Embratur, os turistas estrangeiros deixaram US$ 695 milhões durante o mês de janeiro no país, aumento de 4,4% em relação ao mesmo mês de 2012, quando haviam gastado cerca de US$ 666 milhões. "O maior número de turistas ainda vem da Argentina", disse Araújo, que participou de reunião com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, e empresários do setor hoteleiro no Rio. Dos 5,7 milhões de turistas registrados em 2012, 1,5 milhão eram argentinos.
Hotéis
A Embratur está preocupada com o preços das tarifas dos hotéis de cidades que sediarão eventos esportivos no país nos próximos anos e vê oportunismo de alguns empresários que praticam preços acima do normal, disse Paulo Guilherme de Araújo.
"Hoje, as tarifas da rede hoteleira estão fora do razoável... na final do Mundial da Alemanha, a diária foi perto de US$ 300 dólares e aqui está 70% acima disso", disse ele a jornalistas. "A Europa mesmo em crise é cara e como nós estamos mais caros que ela? Isso não pode!", afirmou o executivo.
Um Observatório Turístico foi criado para monitorar os preços das tarifas cobradas pela rede hoteleira e se os preços não cederem, órgãos de defesa da concorrência, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) poderá ser acionado, segundo Araújo.
"A rede hoteleira prometeu abrir as planilhas para nós. Vamos monitorar de seis em seis meses. Se continuar podemos usar a força coercitiva do Estado, como o departamento de defesa do consumidor do Ministério da Justiça ou o próprio Cade", disse.
A insatisfação de membros do governo com os preços se torna ainda maior porque o setor hoteleiro foi beneficiado com um desoneração tributária, mas não houve repasse para os preços, na avaliação de integrantes do Executivo.
"A lógica da queda de preços não está acontecendo", disse Araújo.
Setor aéreo
O presidente em exercício da Embratur ainda classificou de "de baixa qualidade" o serviço aéreo prestado no Brasil e disse que o tema deve ser tratado pelo governo junto às companhias aéreas para não prejudicar o crescimento do turismo no Brasil.
As reclamações relativas a atraso de voos, cancelamentos, espera em aeroportos, preços de tarifas e atendimento inadequado são frequentes, segundo Araújo.
"A qualidade do serviço aéreo é de baixa qualidade e isso é uma preocupação nossa", disse ele a jornalistas. "O primeiro contato do turista é com a companhia aérea. Se ele tem uma impressão ruim, fica difícil."
A Embratur e outros órgãos do governo federal pretendem se reunir com as principais companhias aéreas para cobrar melhor qualidade nos serviços aos usuários nacionais e estrangeiros.
*Com informações da Reuters e do Valor OnLine
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