MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Aumento do custo de produção preocupa produtores de limão de SP


Avanço do amarelão também preocupa os agricultores do estado.
Folhas atacadas ficam amareladas e os frutos não se desenvolvem.

Do Globo Rural
O resultado da safra de limão desagrada os produtores do noroeste de São Paulo. Além do preço da fruta, que não é suficiente para cobrir os custos de produção, os agricultores temem o avanço do amarelão, também chamado em inglês de greening, uma das piores doenças da citricultura.
Depois da crise do ano passado, quando a indústria praticamente não abriu as portas para a moagem, o produtor Valdecir Mantovani, que cultiva limão há 15 anos, arrancou 800 pés da fruta para plantar cana. Hoje, o agricultor tem 1,7 mil pés em produção na propriedade em Itajobi, no noroeste de São Paulo.
A caixa de 27 quilos da fruta que segue para a exportação está sendo vendida por R$ 5. Em 2012, nesta mesma época, a caixa não saia por mais de R$ 3. O preço da caixa destinada ao mercado interno, que não registrou alteração, é comercializada por R$ 3. Mas esses valores não cobrem os custos de produção.
“No ano passado, uma tonelada de adubo era comprada por R$ 1 mil. Hoje, a mesma tonelada de adubo sai por R$ 1,4 mil. Um litro de produto de veneno era comprado por R$ 50. Hoje, tem que pagar R$ 70. O preço do diesel também disparou”, diz Mantovani.
O aumento no custo de produção impediu o investimento recomendado para a prevenção de pragas e doenças, como o greening, que avança nos pomares da região. O greening, também conhecido como amarelão, dizimou pomares de laranja. Os insetos psilídeos são vetores da bactéria do greening e transmitem a doença de uma planta para a outra. As folhas ficam amareladas e os frutos não se desenvolvem.
A doença também preocupa a família do agricultor Elton Torelli, que se dedica à cultura há 30 anos. Em um mês, foi necessário arrancar 130 pés da fruta na propriedade. A expectativa é de melhora dos preços no segundo semestre do ano, período de entressafra, o que não alivia a situação dos produtores.

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