De um ano para cá, o valor da saca do café tipo 6, bebida dura, caiu 33%.
Sul de Minas Gerais é maior região produtora do país.
O agricultor Artur Queiróz de Souza produziu nesta safra quatro mil hectares de café em cem hectares de área plantada na propriedade em Cambuquira, no sul de Minas Gerais. O produtor negociou a maior parte dos grãos, mas mil sacas ainda estão armazenadas.
A cautela do produtor para a comercialização do café está relacionada à desvalorização do preço da saca no mercado. De um ano para cá, o valor da saca do café tipo 6, bebida dura, caiu 33%.
No ano passado, nessa mesma época do ano, havia 660 mil sacas armazenadas na cooperativa de Varginha, em Minas Gerais, onde está estocada a produção de cinco mil associados. Agora, estão guardadas 820 mil sacas, com um aumento de quase 20%.
O gerente de vendas da cooperativa Marco Bíscaro diz que o volume de negócios está semelhante ao do ano passado, mas os produtores estão dosando a comercialização. “O produtor está vendendo na medida do necessário para cobrir as despesas e aguardando uma possível melhora nos preços nos próximos meses”, diz.
“Primeiro, a crise da economia do Hemisfério Norte, que são os principais consumidores de café. A crise na zona do euro, a crise nos Estados Unidos e mesmo a economia que desenvolveu-se pouco no Japão devido a problemas climáticos. Isso faz com que os compradores hajam com cautela. Nós tivemos também uma falsa imagem no mundo de que existe excesso de café no Brasil, o que não é verdade. A nossa produção é a produção necessária para cumprir nossos compromissos de exportação e consumo interno. Também houve esse fato de que o produtor brasileiro está financiado, acredita no mercado. Ele vende só o café necessário para cumprir os compromisso”, diz o analista de mercado Eduardo Carvalhaes.
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