MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Médicos denunciam 'péssimas' condições de hospital público no CE


Faltam equipamentos e medicamentos para os pacientes, segundo médicos.
Direção do hospital reconhece falha e busca melhorias.

Do G1 CE , com informações da TV Verdes Mares

Médicos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) denunciaram nesta sexta-feira (1º) "péssimas" condições de trabalho e de atendimento do local. A situação, segundo os servidores, prejudica os pacientes que esperam ser atendidos com dignidade.
Os médicos fizeram imagens de dentro da sala de reanimação do hospital. O setor abriga somente pacientes graves, mas no vídeo feito pelos servidores, para atender os pacientes, os médicos precisam fazer improvisos para conseguir atender todos os pacientes. Tais como macas no chão apoiadas por pedras e até pacotes de fraudas.
Um médico que não quis se identificar relatou os problemas que há no hospital. "O setor não dispõe de macas altas extras que é essencial para um doente crítico. O paciente tem ficar em uma maca elevada. Ele tem que ter condição de ter um cuidado adequado pela equipe de enfermagem que trabalhando desse jeito não vai conseguir fazer a mesma qualidade de assistência em uma maca baixa. Falta às vezes até medicação", disse.
Falta de equipamentos
Outra médica afirma que falta também equipamento essenciais. "O único aparelho de disfilibrador está quebrado e sem data ainda para chegar um novo. Uma técnica de enfermagem chegou a amputar uma parte do dedo numa maca baixa neste mesmo setor e nenhuma providência foi tomada", afirmou.
Mais de 40 médicos tercerizados dizem estar dispostos a pedir demissão do HGF no próximo mês se a situação não mudar. "Nós estamos assistindo essas pessoas virem realmente a falecer e é por esses motivos que essa equipe tomou a decisão de entregar suas escalas e de afastar do hospital”, falou um profissional de saúde.
Direção reconhece as falhas
A direção do hospital reconhece parte dos problemas denunciados e disse que está tomando providências. Segundo o diretor do HGF a super lotação na emergência tem afetado o abastecimento e os custos do hospital. O setor que deveria acolher no máximo 98 pacientes tem atualmente 224 e metade está no corredor.
"No momento em que qualquer hospital secundário ou qualquer do interior do estado transfere um doente grave que não teve um primeiro atendimento adequado na maioria das vezes nós atendemos esse paciente no chão ou em macas. Mas um único local que hoje esse paciente tem alguma chance de sobreviver apesar de todas as dificuldades é no hospital terciário como o nosso" justifica o coordenador geral emergência da HGF, Rommel Araújo.
Já o diretor do HGF disse que todo o sistema de saúde precisaria mudar para desafogar o hospital, mas que já tomou medidas parta tentar atender melhor os pacientes. "Foram liberados R$ 350 mil pelo governo do estado. Nós compramos parte desse material que está sendo entregues. Recebemos 25 macas altas novas com soro mais 50 macas novas, monitores”, disse Zózimo Luís Medeiros, Diretor Geral do HGF

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