MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Salário de até R$ 100 mil faz crescer número de corretores em Goiás


Segundo Creci, número de profissionais cresceu 61,95% nos últimos 3 anos.
Dono de incorporadora que era corretor, diz que é preciso determinação.

Humberta Carvalho Do G1 GO

Número de corretores de Goiás cresceu 61% em três anos, em Goiás (Foto: Zuhair Mohamad/Jornal O Popular)Número de corretores cresceu 61% em três anos
(Foto: Zuhair Mohamad/Jornal O Popular)
Acordar cedo, ser organizado, ter bons contatos e autoconfiança. Essas são características esperadas de um corretor de imóveis. O ramo possibilita o profissional estabelecer seus horários de trabalho e permite um ganho mensal que varia de R$ 2 a R$ 100 mil. Dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás (Creci-GO) revelam que o número de profissionais da área em Goiás cresceu 61,95% nos últimos três anos - enquanto em 2009 eram 8.413 inscritos no Creci, até agosto de 2012 já são 13.625 filiados.
Paulo Roberto da Costa é dono de uma incorporadora que atua no estado há 35 anos. Ele começou como corretor, mas, antes disso, atuava na área alimentícia. “Trabalhava em uma lanchonete vendendo sucos e vitaminas. Via que aquela atividade não oferecia oportunidade de crescimento e preferi procurar algo que se parecia mais comigo”, diz o empreendedor.
Paulo, que quando começou como corretor tinha uma sala de 16m² no centro de Goiânia, diz que o consumidor de hoje é mais exigente: “Naquela época o corretor não tinha qualificação e preparação. Mas também não tinha nenhum pré-requisito para que ele entrasse no mercado. A grande diferença é que hoje o profissional tem de ter qualificação para estar no mercado e ter sucesso. Tem de saber de desenho técnico, economia, noções de construção e outras coisas”.
Nós últimos três anos, a quantidade de imobiliárias também aumentou de forma significativa (27%). São 1.051 imobiliárias registradas no estado em 2012 contra 823 em 2011. Kristianne Araújo, de 37 anos, é uma das pessoas que optou pela corretagem. Ela, que tem dois filhos de 2 e 4 anos, é formada em administração.
A flexibilidade de horário foi o que pesou na hora de escolher em que ramo atuar. Kristianne trabalha cerca de 6 horas por dia e o ganho médio é de R$ 3 mil por mês. Para ela, “o retorno é muito satisfatório”. “Pretendo continuar na área e já estou olhando maneiras para me especializar mais ainda”, afirma a Kristianne, que atua no ramo há um ano.
Profissionalização
Antes da década de 80, qualquer pessoa podia exercer livremente a profissão de corretor. Mas, com a Lei dos Corretores de Imóveis, aprovada em 12 de maio de 1978, a profissão passou a ser regulamentada e os profissionais foram reunidos nos Conselhos Regionais.
Paulo Roberto Costa começou como corretor e hoje é dono de uma incorporadora, em Goiás (Foto: Divulgação/Mauro Júnio)Paulo Roberto Costa começou como corretor
(Foto: Divulgação/Mauro Júnio)
Uma resolução do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci) determina a escolaridade mínima de 2º grau para os novos Corretores de Imóveis. A partir de 2000, todos os futuros corretores precisaram concluir o Curso de Técnico em Transações Imobiliárias, com duração de 6 meses. Existe também a formação de nível superior, por meio da graduação tecnológica em Gestão Imobiliária, que dura entre 2 e 3 anos.
“Tem que acordar cedo, ter bons contatos, determinação, ser autossuficiente e acreditar muito em si mesmo. Como não existe salário fixo, o corretor tem que acreditar muito que ele vai conseguir fazer seu próprio ganho. A pessoa acomodada não serve para ser corretor”, diz Paulo Roberto Costa.
Para ele, o mercado imobiliário ainda tem muito a crescer. “Ainda existe um déficit habitacional muito grande que tem de ser corrigido. Antes, pouca gente tinha condições de comprar, hoje, tem abundancia de financiamento e muita gente está saindo do aluguel para a casa própria. Só não terá mais o que vender quando todos tiverem suas casas próprias”, acredita o empresário.

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