'Não é da nossa cultura, mas faz falta', diz vice-cacique da Tekoa Porã.
Após ação do MPF, empresa diz que problema será resolvido em 60 dias.
No mês passado, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação solicitando à Fundação Nacional do Índio (Funai) e à companhia de energia responsável pela região a instalação de uma rede dentro da aldeia. Em nota, a concessionária garantiu que em até 60 dias o problema será resolvido.
A falta de energia também prejudica o aprendizado na aldeia. Por volta das 15h, a aula já está terminando, porque já está escuro e os alunos não conseguem ler o que o professor escreveu no quadro. A única luminosidade da sala é a que entra pela janela. Quando o dia está nublado, a aula precisa ser transferida para o lado de fora. "Eles não enxergam, e reclamam porque não tem luz", diz o professor Rodrigo Gimenes Fernandes.
“Seria bom se tivesse luz, porque quando chove a gente não enxerga e tem de voltar para casa", conta o aluno Pedro Bentes.
Problemas devido à falta de energia também são verificados no posto de saúde da aldeia. "Quando tem alguém que vai fazer nebulização e não tem energia, tem de ir ao hospital, no frio, na chuva, à noite. A gente se preocupa", destaca o vice-cacique da aldeia. Quando o problema for resolvido, os computadores doados à escola da aldeia poderão ser usados.
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