Minivan ataca rivais com custo/benefício e praticidade.
Falta de sintonia entre motor e câmbio e acabamento decepcionam.
Chevrolet Spin (Foto: Divulgação/Fabio Gonzalez)
Meriva e Zafira, hoje defasadas e alvos certeiros da renovação operada pela Chevrolet neste ano, já viveram dias de glória no passado. Quando chegou, em 2001, a Zafira surpreendia pelo sistema Flex 7, que permitia a acomodação de 7 ocupantes e, na ausência dessa necessidade, que os bancos da terceira fileira fossem recolhidos, sem afetar a capacidade original do porta-malas. Já a Meriva, no ano seguinte, impressionava pelo desenho preciso em suas linhas e vincos e pelas soluções de espaço interno, como o FlexSpace, sistema do banco traseiro que permitia rebatimento de cada um dos três lugares. Quem esperar extrair da Spin, suplente de Zafira e Meriva, o mesmo sentimento de inovação e refinamento técnico pode se frustrar. Melhor dar mais valor aos outros atributos da nova minivan.O primeiro deles é o preço. Por R$ 44.590, a Spin traz o que se espera de um automóvel desse valor: direção hidráulica, ar-condicionado, travas e vidros elétricos e ajuste de altura do banco do motorista e do volante. Trata-se do primeiro pacote da versão LT. No segundo catálogo, ela agrega rodas de liga leve e CD player com MP3 e Bluetooth, por R$ 45.990. Para ter câmbio automático na LT, paga-se R$ 49.690.
Mercado
Segundo as expectativas da GM, a Spin venderá 2.800 unidades por mês, montante superior aos emplacamentos de Meriva e Zafira somados. Previsões convertidas em realidade, tais números a colocariam na liderança do segmento, desbancando a Fiat Idea, rival que vende, em média, 1.800 carros/mês, segundo dados da Fenabrave. A mnivan da montadora italiana só não aparece na tabela acima porque não possui versão com 7 lugares.
Expectativa da GM é vender 2.800 unidades por mês (Foto: Divulgação/Fabio Gonzalez)
ImpressõesO G1 experimentou a Spin de 7 lugares na versão automática por cerca de 150 km em São Paulo, sendo 50 km ao volante e o restante como passageiro – sempre em circuito rodoviário, ora na Marginal do Pinheiros, ora na Castello Branco, mas nunca num trajeto especificamente urbano.
O câmbio automático de seis velocidades é o mesmo que orquestra o desempenho do Cruze. Casado com ele está o Econo.Flex, já conhecido em sua versão 1.4 que equipa Meriva, Corsa e Agile. Aqui, ele foi ampliado para 1,8 litro, com 106 / 108 cavalos e 16,4 / 17,1 kgfm de torque.
Falta sintonia entre o câmbio herdado do Cruze e o motor Econo.Flex (Foto: Divulgação/Fabio Gonzalez)
Não há harmonia entre ambos. O câmbio é muito bom no Cruze, que leva um motor 1.8 16V mais moderno sob o capô, mas não em parceria com o Econo.Flex. É como colocar Neymar pra jogar num time da terceira divisão – lhe faltará alguém para tabelar.Além disso, a Spin sofre pra ganhar velocidade, e as reduções de marchas são nitidamente bruscas. Voltada para o conforto, a suspensão absorve bem as imperfeições do piso, mas cobra a conta com uma estabilidade ruim.
Mas há boas notícias: o silêncio a bordo e rodar a 120 km/h com o conta-giros apontando 2.900 rpm. Méritos da sexta marcha, que ainda garantiu a boa média de 9,5 km/h, segundo o computador de bordo.
Configurações para oa terceira e segunda fileira de bancos (Foto: Divulgação/Fabio Gonzalez)
Spin x CobaltA principal vantagem da Spin sobre o sedã Cobalt, de quem empresa a arquitetura, está no visual. A conversa entre faróis e grade é infinitamente mais harmoniosa, chegando a lembrar o SUV Traverse, vendido lá fora – e isso é um elogio. Os vincos na lateral funcionam no sentido de dar volume à minivan. E a traseira, embora não seja a mais inspirada entre suas similares, é limpa e não comprometedora. Incomodam, no entanto, as rodas de 15 polegadas que, de tão pequenas, tornam a carroceria algo gigantesco e desproporcional.Da porta para dentro, mais “Cobalt feelings”. A começar pelos tons usados e, principalmente, pela dupla painel de instrumentos/volante, certamente a mais feliz entre as minivans. A Spin ainda leva vantagem nos 32 porta-objetos, embora alguns seja figurativos, como aqueles ao lado do rádio, cuja curta profundidade limita alojar carteiras e celulares, por exemplo.
Visual da traseira é limpo (Foto: Divulgação/Fabio Gonzalez)
Quanto ao acabamento, há distorções como rebarbas aparentes e encaixes distantes da perfeição, ante revestimento dos bancos em tecido de boa qualidade. Falando em bancos, eles poderiam ser maiores. A terceira fileira de bancos é um recurso útil, onde é possível comportar um adulto (sem maltratá-lo) ou duas crianças, mas nunca dois adultos. Já o espaço para quem vai na segunda fileira de bancos não é o "latifúndio" encontrado no Cobalt.A Spin pode levar vantagem sobre o Cobalt hoje, porque o sedã só é vendido com motor 1.4. Mas a chegada dele com o mesmo motor da minivan, prevista para os próximos meses, o tornará uma opção mais interessante para quem não tem que carregar sogra, sogro, amigos dos filhos, etc.
Comprei um SPIN LTZ na loja LIDER do RJ em Campo Grande, no dia 04 de Janeiro, já fiz 3 reparos referentes a acabamento do carro e o banco do carona e o traseiro veio desfiado e eles alegam que não é motivo para troca.
ResponderExcluirAGUARDO A RESPOSTA DO COMENTÁRIO ABAIXO
ExcluirPASSA UM EMAIL COM FOTOS E O RELATO DOS DEFEITOS QUE TEREI O PRAZER EM DIVULGAR
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