MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 27 de maio de 2012

Famílias recorrem a grupos de apoio por falta de tratamento contra drogas


Ribeirão Preto tem 22 leitos públicos para atendimento adequado.
Dependentes químicos representam um terço dos pedidos de internação.

Do G1 Ribeirão e Franca

“Para que juntos possamos fazer aquilo que sozinho eu não consigo”, dizem em coro participantes de um grupo de apoio a familiares de dependentes químicos na Zona Norte de Ribeirão Preto (SP). Círculos como esse são o caminho escolhido por quem não pode pagar por uma clínica particular, em uma cidade onde faltam leitos de internação gratuitos.
“Tem jeito sim. Dá para recuperar a estrutura da família e do dependente químico”, afirma Luís Antônio Damasceno, coordenador do grupo Amor Exigente, sobre a troca de ideias e do exemplo do próximo que são proporcionados como tentativa de melhorar a rotina conturbada em famílias desestruturadas pelo vício das drogas.
Uma das frequentadoras do grupo de apoio, que prefere não se identificar, sofre em dobro com o drama das drogas em casa. Começou com o filho mais velho, morto depois de se envolver em uma tentativa de roubo para conseguir comprar entorpecentes. “Ele devia ter uns 16 anos. Ele já tinha que traficar para poder se manter”, diz. Depois, o mesmo problema afetou outro filho, que já foi internado seis vezes.
A busca por entidades que promovem o diálogo entre pessoas que sofrem do mesmo mal dentro de casa é reflexo da disponibilidade de apenas 22 vagas para tratamento dos dependentes em Ribeirão, todas no Hospital Estadual Santa Tereza. Fora dali, o Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (Caps-AD) oferece apenas atendimento ambulatorial diurno.
Enquanto novos 40 leitos prometidos não saem do papel, o número atual é insuficiente para atender uma demanda significativa. De cada três pedidos de internação que chegam à Defensoria Pública de Ribeirão, um é voltado para usuários de drogas. “A pessoa precisa, em alguns momentos, da internação como uma maneira de se recompor e isso realmente falta na região”, disse Alexandre Firmo de Souza Cruz, coordenador do Caps em Ribeirão.

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