Por falta de atendimento, mulher tem filho na recepção de hospital na Bahia
Caso ocorreu no Hospital da Mulher, em Feira de Santana, no domingo.
Secretaria reconhece deficiências e diz que nº de leitos vai aumentar.

"Eu cheguei aqui sentindo muita dor, muita contração, tava lotado e não tive como ser atendida", relata Geane.
A sogra de Geane acompanhou toda a angústia dela, e conta que só depois do nascimento do bebê, mãe e filho foram admitidos no hospital, mas a nora ainda teve que ficar em uma maca no corredor.
"Chamou um, chamou outro... 'Ah, não posso fazer nada', 'Não tem enfermeira, não tem médico', Eu disse não, chama o médico, e chamei um, chamei outro... Gritei e disse: 'Vá acudir ela'. Foi que num instante apareceu enfermeiro, mas ela acabou de ganhar nenê só", conta Dona Maria Edelzuíte de Jesus Santos, dona de casa. O bebê, que ganhou o nome de Wilson Júnior, nasceu saudável, com mais de três quilos, e passa bem.
Mãe e bebê foram atendidos após parto(Foto: Reprodução/ TV Subaé)
"Não tem lugar nem para examinar a paciente. Até mesmo no consultório, estamos com paciente que pariu nesta madrugada e ficou no consultório porque não tem onde colocar. Não tem onde examinar ningué, não tem nem uma maca livre no hospital. Final de semana aqui em Feira o único hospital que está trabalhando com dois médicos, pediatra, anestesista, com 100% da equipe completa, é o Hospital da Mulher, então a demanda é muito grande pra gente dar conta de tudo", diz Nayanne Lira, médica obstetra.
Segundo Gilberte Lucas, diretora de gestão e saúde da Secretaria Municiapl de Saúde de Feira de Santana, a situação no Hospital da Mulher é mesmo crítica e piorou nas últimas semanas com a falta de médico obstetra nos fins de semana no Hospital Geral Cleriston Andrade. Atualmente o Hospital da Mulher conta com 68 leitos e tem a previsão de aumentr em mais 20 leitos até o mês de outubro.
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