MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 26 de maio de 2012

Ativistas do Greenpeace suspendem protesto após intervenção do governo


Negociações serão iniciadas a partir da próxima segunda-feira.
ONG espera acordo com a indústria de ferro gusa semana que vem.

Clarissa Carramilo Do G1 MA

Ativistas voltaram ao Porto do Itaqui neste sábado (26) (Foto: Divulgação/Greenpeace)Ativistas voltaram ao Porto do Itaqui neste sábado
(Foto: Divulgação/Greenpeace)
Após oito horas de protesto, o bloqueio do Greenpeace que impedia um carregamento de ferro-gusa no navio Clipper Hope de sair do Porto de Itaqui, na Baía de São Marcos, em São Luís, foi interrompido na tarde deste sábado (26). O encerramento se deve a uma intervenção do vice-governador do Maranhão, Washington Luiz de Oliveira que, em troca da interrupção do protesto, prometeu conduzir uma negociação com a indústria de ferro gusa que opera na região.
Após a suspensão dos protestos na última quinta-feira (24), os ativistas haviam retomado as reivindicações na manhã deste sábado, por volta de 5h, em razão da falta de avanço nas conversas com o governo e a indústria. Ao tomar conhecimento que um novo bloqueio do Greenpeace havia parado o funcionamento do porto, levando as polícias Militar, Federal e a Marinha ao local, o vice-governador entrou em contato com a diretoria da ONG e propôs um acordo.
Pelo acerto, o vice-governador vai intermediar um acordo com a indústria de gusa, em um encontro marcado para segunda-feira (28), às 15h, no Palácio dos Leões. A reunião deve contar com a presença de representantes do Ministério Público Federal e Estadual do Maranhão, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Viena Siderúrgica (dona da carga bloqueada) e do Greenpeace.
Na ocasião, a ONG pretende debater e entrar em acordo com as instituições sobre o fim das ilegalidades na cadeia de produção do minério, como desmatamento ilegal, uso de mão de obra escrava e invasão de territórios indígenas.
“Foi uma vitória para todos os lados. Mas a vitória para a Amazônia só virá quando as empresas assumirem um compromisso formal de tirar de sua linha de produção a madeira ilegal, a invasão de terras indígenas e o uso de trabalho análogo ao escravo”, afirmou Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia, do Greenpeace.
Greenpeace quer acordo com a indústria de ferro gusa do Maranhão para o fim de ilegalidades (Foto: Divulgação/Greenpeace)Greenpeace quer acordo com a indústria de ferro gusa do Maranhão para o fim de ilegalidades (Foto: Divulgação/Greenpeace)

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