MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ubabef prevê recuperação de preços da carne de frango no 2º trimestre


Entre janeiro e março, houve diminuição de 3,2% no preço médio em dólar.
Câmbio e custo de produção fazem carne perder competitividade.

Da Agência Estado

O diretor de Mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo Santin, prevê uma recuperação dos preços da carne de frango no mercado internacional no segundo trimestre deste ano. "Entre janeiro e março, houve diminuição de 3,2% no preço médio em dólar. Com a perda de rentabilidade, os exportadores diminuíram seus preços para manter os mercados. Há sinais de reversão desse cenário nesse segundo trimestre, mas neste momento crítico o apoio do governo é fundamental", afirmou o executivo, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira.
Devido ao alto Custo Brasil, ao câmbio desfavorável e ao custo de produção elevado, a carne de frango brasileira está perdendo competitividade para a Argentina, os Estados Unidos e a Tailândia
A Ubabef foi uma das associações do setor de proteínas no país que mais reclamaram da não inclusão da cadeia alimentícia na desoneração da folha de pagamento dentro do Plano Brasil Maior, anunciado no início do mês. Santin informou que a carga tributária nos alimentos no país tem representatividade de, em média, 16,9% no preço final dos produtos. Nos Estados Unidos, esse porcentual é de 7% e na Europa, de 5,1%.
"Já falamos com o Ministério do Desenvolvimento (MDIC), com o do Planejamento, o da Fazenda e até representantes do Banco Central. Mostramos os dados do setor, que justificam a nossa entrada no benefício e a maioria não conhecia a força do setor. Se assustaram com o peso que temos na balança comercial e a quantidade de empregos gerados", disse o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra. Ele se mostra otimista com a inclusão do setor de alimentos na desoneração, mas não arriscou dizer um prazo e também informou que a entidade está pleiteando a inclusão total do setor no Reintegra.
CompetitividadeTurra também disse que, devido ao alto Custo Brasil, ao câmbio desfavorável e ao custo de produção elevado, a carne de frango brasileira está perdendo competitividade para a Argentina, os Estados Unidos e a Tailândia. "Essa queda de rentabilidade está prejudicando o setor. Hoje, temos uma nova empresa, a BR Frango, que tem por objetivo vender para o exterior, mas a Doux Frangosul, que é uma das mais importantes exportadoras, fechou", disse. Mesmo diante dessa situação, a associação mantém a expectativa de aumento de volumes de 2% a 3% em 2012 ante 2011.
Com relação aos resultados da missão chinesa que esteve no País no final de março até o início do mês, o diretor de Mercados da Ubabef, Ricardo Santin, disse que, como foi somente uma visita de "amostragem" (sem compromisso de habilitações), não há definições recentes sobre aumento de unidades aptas a exportar carne de frango ao país. "Mas a expectativa é boa. Os chineses deixaram o País dizendo que vão precisar cada vez mais da carne brasileira. Além disso, eles estão com 47 questionários de empresas brasileiras que querem ser autorizadas a vender ao país", disse. Hoje, o Brasil possui 25 unidades de 17 empresas aptas a exportar a proteína brasileira a China.
Já sobre a missão do Egito, Santin ainda não tem conclusões, porque a visita se estenderá até o próximo dia 27. "Mas eles já sinalizaram que vão aumentar o volume e 2012 deve repetir o ano de 2010, com mais de 100 mil toneladas embarcadas ao País", informou o diretor. Ele ainda comentou que daqui a 15 dias integrará uma missão comercial junto com os Estados Unidos para a Índia. A região aprovou o Brasil em termos sanitários, mas ainda falta a autorização de unidades. Além disso, a alta taxa de importação usada pelos indianos está inviabilizando as relações comerciais entre os dois países.
Com relação às ações contra a investigação de dumping pela África do Sul, Santin informou que o Ministério das Relações Exteriores está realizando consultas bilaterais para saber mais do caso. "O governo brasileiro está apoiando totalmente o setor e se, achar necessário, podemos levar a questão ao comitê de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC), que é uma preparação para um painel", explicou.

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