Em processos seletivos, falha na comunicação pode comprometer chances.
Hábitos no ambiente de trabalho também devem ser observados.
Quando o assunto é o processo seletivo para conseguir um emprego, quem não sabe se comunicar, pode até perder a chance de entrar para o mercado de trabalho. É o que garante a analista de recursos humanos Caroline Soares Nascimento. A explicação está nos testes realizados pela empresa. Por mês, são 40 seleções, e 70% dos interessados nas vagas são reprovados por causa do português. “Um dos pontos mais importantes é a concordância. A pessoa tem de ter uma sequência lógica de ideias, porque a redação será lida”, afirma.
Existem empresas que investem na capacitação dos funcionários. O objetivo é evitar duplas interpretações ou falhas na comunicação. Funcionários do Sebrae-MS, por exemplo, fazem cursos de português e redação empresarial. Tudo para que não fiquem em dúvida na hora de tratar com os clientes. "Precisamos pensar que, para nós, está claro, mas não pode ficar subentendido para o cliente", explica a analista do Sebrae-MS, Maria de Lourdes Ortiz.
Escrever corretamente também é uma preocupação dos advogados. André Borges, titular de um escritório de advocacia, diz que faz questão de conferir toda a documentação que sai da empresa. "O advogado tem que escrever de maneira clara, precisa, objetiva e elegante. O judiciário não tolera textos rebuscados, com palavreado difícil", diz.
Além da escrita, falar bem pode fazer toda diferença. Saber se comunicar é uma exigência do mercado de trabalho. É fundamental na relação com os colegas e também com o chefe. Mas atenção: melhor do que saber falar, é ter cuidado com o que fala.
"Algumas pessoas têm hábito de mascar chiclete. Além disso, há uma questão do vocabulário, o uso de gírias e jargões, e para tudo isso devemos ter cuidado na hora de conversar no ambiente de trabalho", diz a gerente do Sebrae-MS, Janiester Mello.
E-mails de trabalho devem ser diretos e sem palavras pela metade. O treineiro Adriano Martinelli sabe que um erro via internet pode comprometer a produtividade. "Quando eu quero passar informação para um colega e ocorre um ruído nessa comunicação, pode ser que eu não transmita a informação corretamente, e ele faz uma coisa que não é para ser feita", explica.
Uma pesquisa norte-americana aponta que um dos fatores mais importantes na hora de falar é a linguagem corporal, responsável por 55% da mensagem a ser dita. 38% são referentes à velocidade da fala, ao tom e ao volume da voz. Apenas 7% dizem respeito a mensagem em si.
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