MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ex-ministro defende que Código Florestal trará segurança para o Brasil


Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV fala em equilíbrio.
Roberto Rodrigues já comandou Ministério da Agricultura no Brasil.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Roberto Rodrigues (Foto: Reprodução/TVCA)Roberto Rodrigues fala em equilíbrio em Código
Florestal (Foto: Reprodução/TVCA)
O ex-ministro de Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, defendeu que a proposta do novo Código Florestal - que ainda precisa ser votada na Câmara dos Deputados - deve garantir legitimidade e segurança jurídica ao setor produtivo brasileiro. Ouvido pelo G1 em Cuiabá, ele destacou que a proposta vai contribuir para formatação de uma lei específica.
"Ele é equilibrado. Não diria que vai unir um com o outro [produtores e ambientalistas]. Não vejo nenhum produtor contente com o código colocado e nenhum ambientalista, o que é um bom sinal. Se só um lado estivesse feliz é porque o outro estaria sendo prejudicado", declarou.
Entre os anos de 2003 e 2006, Rodrigues esteve à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para ele, o novo código vai suprir a ausência de uma legislação específica que estabeleça as diretrizes tanto para setor rural e meio ambiental.
"O mais importante é que o Código Florestal estabelece uma legislação para o setor. Pior problema ambiental no Brasil é a inexistência de um instrumento legal adequado. É a insegurança jurídica", expressou Rodrigues.

Na própria Câmara, a falta de entedimento ainda marca a votação do projeto. Inicialmente programada para a terça-feira (24), passou para esta quarta-feira (25). Itens como a recuperação das áreas de Proteção Permanente (APPs) ainda geram polêmica. O relator do projeto, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), diz que não há acordo sobre os limites de recomposição da faixa mínima de 15 metros em rios com até 10 metros de largura.
Para o relator, não há entendimento em se manter uma faixa mínima igualmente para o Brasil. As realidades regionais devem ser levadas em consideração, segundo o parlamentar. O Senado havia estabelecido que o limite deveria ocorrer praticamente em todo o país e seguir a mesma recomendação.
Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Verde (PV) tentaram retirar o projeto de votação ontem, argumentando que da forma como está vai possibilitar anistia a quem cometeu crime ambiental. Líder do PT, Jilmar Tatto (PT) chamou de retrocesso o relatório do Código Florestal.
O projeto pode ser votado ainda nesta quarta-feira, mediante entendimento entre os parlamentares. Em Brasília, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, declarou que da maneira como está a proposta vai contemplar o setor produtivo.
Prado acompanha as discussões na Câmara. "Da forma como está sendo apresentado é melhor para a atividade", pontuou. Ao mesmo tempo, representantes da área ambiental consideraram 'absurdo' o relatório do novo Código. Rau Teles do Vale, do Instituto Sócio-Ambiental (Isa), fala em haver grande expectativa sobre veto pela presidente Dilma Rousseff caso ocorra a aprovação.
"É um absurdo. O relatório prevê 100% de anistia praticamente", considerou o representante.
A sessão da Câmara destinada a votar o Código Florestal teve início às 12h20 desta quarta.
Arte Código Florestal atualizada 24/04/12 (Foto: Editoria de Arte / G1)

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