MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sobram vagas para mulheres que desejam fazer laqueadura em Goiânia

 

Maternidade Nascer Cidadão realiza pelo menos 60 operações por mês.
Reversão é difícil e mulher precisa estar segura sobre não ter mais filhos.

Do G1 GO
Muitas mulheres em Goiânia vivem ansiosas à espera de uma cirurgia de laqueadura para não ter mais filhos. Enquanto isso, na Maternidade Nascer Cidadão, no Jardim Curitiba 3 (região noroeste), sobram vagas para quem quer passar pela operação.
Segundo a diretoria do hospital, há 30 apartamentos. Sete deles funcionam como leitos pós-operatórios. Na unidade, são realizadas pelo menos 60 operações de laqueadura por mês. Algumas pacientes chegam a marcar a cirurgia, mas não aparecem para operar. “Acontece às vezes. Elas ligam, falam que não vão vir, que mudaram de ideia. Às vezes acontece de nem avisar”, diz a enfermeira Leila Borges.
Aos 37 anos de idade, com dois filhos, a zeladora Georgina Souza e Silva decidiu fazer a cirurgia de laqueadura. Procurou um Posto de Saúde da Família, há muito tempo, mas até hoje está sem resposta. “Já tem uns dois anos que eu deixei um encaminhamento num posto de saúde próximo daqui, mas até agora ainda não saiu não. Nunca recebi nenhuma ligação, nada”, comenta.
A zeladora não sabia que a cirurgia era feita na Maternidade Nascer Cidadão e agora vai procurar a unidade. “Vou procurar saber como são os procedimentos para a gente poder ver o que é que faz. Tenho interesse em fazer, e muito”, afirma.
Como solicitar o procedimento
O diretor geral da maternidade, o médico Sebastião Fernandez Moreira, explica os procedimentos para conseguir fazer a laqueadura tubária na unidade. O primeiro deles é que a mulher deve ter a partir de 25 anos de idade ou dois filhos.
Tanto para o homem (vasectomia) quanto para a mulher a porta de entrada são as Unidades Básica de Saúde e o Programa de Saúde da Família. “Os Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais), os Centros Integrados de Assistência Municipal à Saúde (Ciams), aonde atende inicialmente para entrar no Programa de Planejamento Familiar”, informa o diretor.
Sebastião Moreira acredita que sobram vagas na instituição por falta de informação e também por arrependimento. “As pessoas vão lá, fazem todo o processo, têm um ritual para cumprir de preencher papel e participar de reunião. Elas são esclarecidas sobre todos os métodos anticoncepcionais e não só a ligadura. Então, às vezes, mudam de ideia. Às vezes o homem resolve fazer a vasectomia, isto está acontecendo muito, ao invés da mulher fazer laqueadura tubária, que é uma cirurgia e envolve internação e anestesia. A vasectomia se faz com anestesia local e não precisa internar”, explica o diretor da Nascer Cidadão.
As cirurgias de laqueadura tubária e vasectomia são gratuitas, feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Basta o casal tomar a decisão de não ter mais filhos. É preciso pensar também que, ao fazer esta cirurgia, ela é definitiva. Não é cirurgia que se faz e desfaz assim com facilidade não”, orienta o profissional.
“Tanto que a quantidade de mulheres arrependidas, aguardando a cirurgia de recanalização é muito grande”, enfatiza o médico.
De acordo com Sebastião Moreira, todos os hospitais públicos de Goiânia estão aptos a fazer cirurgias de laqueadura e vasectomia, como o Materno Infantil, Hospital das Clínicas, Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e Maternidade Nascer Cidadão. Há também os hospitais públicos do interior. A vasectomia pode também ser feita em Cais ou Ciams que tenham urologista.

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