O
trabalho das equipes com cães da Polícia Militar do Paraná (PMPR)
consolidou-se como uma das estratégias mais eficazes contra o crime
organizado, resultando em apreensões recordes e um prejuízo histórico
para as finanças de facções criminosas nos últimos dois anos. O faro
apurado dos cães, aliado ao treinamento de ponta dos policiais,
tornou-se um pilar fundamental na segurança pública do Estado, causando
um prejuízo de R$ 903,6 milhões ao crime desde 2023.
A
ascensão nos resultados não é um acaso, mas fruto de um trabalho
planejado e contínuo. Em 2023, o trabalho ostensivo das equipes
especializadas atingiu um pico histórico, sendo responsável pela
apreensão de 98,6 toneladas de maconha, 832,8 quilos de cocaína e 273
armas de fogo, atuação massiva que gerou um prejuízo de R$ 265,3 milhões
ao crime organizado.
O
impacto das operações refletiu-se no ano seguinte. Em 2024, foram
apreendidas 53,9 toneladas de maconha e 699,4 quilos de cocaína, com um
prejuízo de R$ 278,3 milhões aos cofres criminosos, números que, embora
inferiores, demonstram o enfraquecimento logístico dos grupos devido à
forte presença policial estabelecida no ano anterior.
A
confirmação dessa trajetória de sucesso se manteve no primeiro semestre
de 2025. Dados compilados pela Companhia Independente de Operações com
Cães (CIOC) revelam que, apenas no primeiro semestre, foram apreendidas
60 toneladas de maconha e 1,2 tonelada de cocaína, além da retirada de
316 armas de fogo de circulação em 1,3 mil ocorrências atendidas. O
volume de ilícitos retirados das ruas representa um golpe direto de mais
de R$ 360 milhões na logística do narcotráfico, estabelecendo um novo
recorde para o sistema.
O
responsável por esses dados expressivos é o Sistema de Manutenção com
Cães (SMC) da PMPR. Coordenado com rigor técnico pela CIOC, a unidade de
elite é subordinada ao Comando de Missões Especiais (CME), contando com
sistema de 27 Canis Setoriais estrategicamente posicionados. Dessa
forma, a integração permite que o apoio especializado chegue rapidamente
a qualquer operação no Estado, seja em abordagens rodoviárias, buscas
em áreas de mata ou no cumprimento de mandados judiciais em zonas
urbanas.
"Cada
apreensão é a materialização da sinergia perfeita entre o policial e
seu cão. Treinamos incansavelmente não apenas para encontrar o ilícito,
mas para garantir que nossas equipes em campo tenham a vantagem tática. O
cão sempre nos apoia em operações e com sua capacidade olfativa alcança
o que a tecnologia e o olho humano não conseguem, tornando nossas
operações mais seguras e eficientes", explica o capitão Marcelo Hoiser,
comandante da CIOC.
NOVOS
CÃES – O sucesso operacional e a crescente demanda por essa modalidade
de policiamento validaram a necessidade de expandir e modernizar a força
canina. Atendendo a essa visão estratégica, o Governo do Estado
investiu, no início deste ano, na aquisição de 93 novos cães para as
forças de segurança.
Desse
contingente, 53 foram destinados à Polícia Militar, um reforço que visa
não só manter, mas ampliar a capacidade de detecção de drogas, armas e
explosivos. Os novos animais passarão por um rigoroso processo de
seleção e treinamento antes de serem integrados às equipes, garantindo a
excelência e resultados à segurança pública do Paraná.
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