A
presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, senadora
Damares Alves (Republicano-DF), defendeu nesta segunda-feira (9) que a
Polícia Federal (PF) investigue se o submarino apreendido em
megaoperação contra o contrabando de drogas, no arquipélago do Marajó
(PA), era também utilizado para o tráfico de pessoas.
A
parlamentar brasiliense fez a declaração durante audiência pública da
CDH que reúne especialistas e ativistas para debater ações do Estado e
do terceiro setor no enfrentamento à movimentação forçada de mulheres e
crianças para a exploração sexual.
“Não
são as pessoas do Marajó, mas os rios da região são usados nesse tipo
de crime. As famílias lá estão desesperadas. Elas estão gritando por
socorro e a gente tem que dar respostas”, cobrou.
(ASSISTA O VÍDEO AQUI)
O
submarino foi apreendido no último dia 2, após longa investigação que
começou após a apreensão de veículo semelhante na Ilha dos Açores, em
Portugal, carregado com cocaína.
A
embarcação apreendida no Marajó, feita de fibra de vidro e em fase
final de construção, tinha capacidade para transportar até sete
toneladas de cocaína rumo à Europa.
Diligência
Damares
Alves lembrou que a CDH realizará diligência em Anajás (PA), também no
Marajó, entre 26 e 29 de junho, para atuar no caso do desaparecimento de
Elisa Rodrigues, que em setembro de 2023, aos dois anos de idade, foi
dada como desaparecida.
Um
suspeito chegou a ser preso pelo sequestro da menina e por supostamente
ter ameaçado a família, mas ele acabou morrendo poucos dias após ser
capturado, dentro da unidade prisional estadual.
“Eu
já estive com o ministro da Justiça para pedir a federalização desse
caso, pois a partir desse podemos descobrir milhares de outros”,
declarou.
Segundo a
senadora, a família de Elisa tem sido ameaçada por supostos autores do
sequestro. E um dos objetivos da diligência, além de reforçar a
necessidade de que órgãos federais atuem no caso, será garantir a
segurança deles.
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