Novo Simples Nacional e os impactos no Custo Brasil são algumas das principais mudanças que as MPEs devem observar

Imagem: Freepik
O
período de transição da nova Reforma Tributária terá início no próximo
ano, trazendo diversas alterações para o sistema de impostos no Brasil —
isso inclui um impacto significativo para as micro e pequenas empresas
(MPEs). Com o objetivo de simplificar o sistema e promover a justiça
fiscal, as mudanças afetam diretamente a maneira de pagar tributos,
gerenciar as finanças e planejar o futuro dos negócios.
“As
micro e pequenas empresas precisam estar atentas às alterações para não
serem pegas de surpresa quando as novas regras entrarem em vigor. Uma
delas é a redução na carga tributária efetiva. A reforma prevê a criação
de um imposto único e, em muitos casos, as organizações pagarão menos
do que pagam atualmente com a soma dos tributos existentes”, comenta
Luan Stocco, CTO e co-fundador da vhsys, empresa de tecnologia
especializada em soluções de gestão empresarial online.
A seguir, o executivo trouxe outros pontos de atenção que a Reforma Tributária trará às micro e pequenas empresas. Confira:
Simplificação do sistema tributário
Uma
das principais alterações trazidas pela reforma é a criação do Imposto
sobre Bens e Serviços (IBS), que unifica tributos como o ICMS, ISS, IPI,
PIS e Cofins. Com um sistema de tributação mais claro e menos
burocrático, as empresas poderão reduzir o tempo gasto com o cumprimento
de obrigações fiscais e focar mais na gestão do negócio.
Por
exemplo: hoje, uma loja de roupas que vende tanto em seu
estabelecimento físico quanto na loja online tem que lidar com a
apuração de diversos tributos federais, estaduais (muitas vezes de
múltiplos estados) e municipais. Já com a reforma, esse comércio vai
passar a lidar com apenas um imposto, facilitando o processo de apuração
e pagamento.
O impacto no Custo Brasil
A
simplificação e a redução da carga tributária podem provocar um impacto
significativo no Custo Brasil — conjunto de despesas que dificultam a
exportação e tornam os produtos nacionais menos competitivos no mercado
internacional. Isso pode contribuir diretamente para o aumento da
competitividade das micro e pequenas empresas, que enfrentam uma carga
tributária complexa e onerosa, dificultando seu crescimento e a criação
de novos negócios.
Com
a diminuição dos custos administrativos e a possibilidade de pagar
menos impostos, as empresas se beneficiam de uma maior margem
financeira, o que lhes proporciona mais fôlego para direcionar recursos à
inovação de seus produtos e serviços.
“Para
as empresas que hoje têm dificuldade em competir com grandes players
devido aos altos custos tributários e à burocracia, a reforma tributária
chega como uma oportunidade de aumentar a competitividade, permitindo
oferecer preços mais acessíveis e melhor qualidade de serviço para os
clientes”, comenta o executivo.
A nova tabela do Simples Nacional
O
Simples Nacional, que já é um regime de tributação simplificado para
micro e pequenos negócios, passará por mudanças significativas com a
Reforma Tributária. A proposta inclui a ampliação das faixas de
faturamento, o que pode beneficiar muitas companhias que hoje estão fora
desse regime. Atualmente, o limite de faturamento anual para empresas
optantes pelo Simples Nacional é de R$ 4,8 milhões. Com a reforma, esse
limite poderá ser elevado para até R$ 6 milhões, permitindo que mais
organizações se beneficiem dessa simplificação tributária.
“Embora
a Reforma Tributária traga mudanças de longo prazo, as micro e pequenas
empresas não enfrentarão aumentos imediatos de impostos. O regime
seguirá operando como está nos próximos anos, mas é importante consultar
um contador e se antecipar a possíveis adaptações no futuro. Assim, as
empresas permanecem regularizadas e podem aproveitar ao máximo os
benefícios”, finaliza Luan.
Sobre a vhsys
A vhsys
é uma empresa de tecnologia especializada em soluções de gestão
empresarial online, direcionadas para micro e pequenos negócios. No
mercado desde 2011, a vhsys
já ajudou a simplificar a gestão de milhares de empresas, com mais de
22 milhões de notas fiscais emitidas e R$ 60 bilhões movimentados, tudo
por meio do sistema.
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