MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Custos elevados e dívidas comprometem lucros de bares e restaurantes em outubro

 



Pesquisa da Abrasel revela que mais da metade das empresas operaram em prejuízo ou equilíbrio no último mês 

Parcela significativa do setor sente dificuldade financeira mas fim de ano trás esperança (Foto: Freeimage)

Os desafios financeiros seguem pressionando bares e restaurantes no Brasil. Segundo a mais recente pesquisa da Abrasel, 61% das empresas não conseguiram alcançar resultados financeiros positivos em outubro, mantendo um índice semelhante ao registrado em setembro (62%). Os números refletem as dificuldades enfrentadas por uma parcela significativa do setor, que segue pressionada por custos elevados e pagamentos em atraso. 

Entre os principais desafios apontados pelos empreendedores, destaca-se a dificuldade de repassar a inflação para os preços do cardápio, relatada por 57% dos entrevistados. Esse cenário reflete o aumento nos custos operacionais, impulsionado principalmente pelas altas nos preços da carne bovina e da energia elétrica, dois insumos essenciais para o setor. De acordo com o IPCA, a carne bovina teve um aumento de 5,81% em outubro, enquanto a energia elétrica subiu 4,74%. 

A inflação acumulada no setor de alimentação fora do lar, por sua vez, foi de 4,13%, consideravelmente abaixo dos 5,08% registrados para alimentos em geral. Essa disparidade mostra o esforço dos empresários em absorver os custos, tentando manter a competitividade e o fluxo de clientes. Além da inflação, o endividamento também pressiona 41% das empresas, que veem sua capacidade de investir e equilibrar as finanças cada vez mais limitada. 

Apesar das adversidades, o otimismo para o fim de ano permanece alto. Cerca de 75% dos empreendedores esperam aumentar o faturamento nos meses de novembro e dezembro, tradicionalmente os mais movimentados para o setor devido às festividades e férias de fim de ano, além do pagamento do 13º salário, que impulsiona o poder de compra dos consumidores. 

Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, o período é uma oportunidade crucial para reverter o quadro. "O setor tem enfrentado desafios imensos, mas o fim de ano traz uma luz no horizonte. Estamos confiantes na capacidade dos empresários de transformar esse momento em resultados positivos para iniciar 2025 com mais força e otimismo”. 

Delivery perde força, mas segue relevante 

A pesquisa apontou ainda que 67% dos estabelecimentos utilizam o delivery como meio de vendas, uma redução em relação a março de 2022, quando 78% das empresas adotavam essa modalidade. Para Solmucci, o dado reflete uma tendência pós-pandemia. 

“À medida em que os clientes retornaram ao consumo presencial, muitos empresários optaram por reduzir o foco no delivery, seja para otimizar custos, seja para priorizar a experiência no salão. Apesar da queda, o serviço segue como um canal estratégico, especialmente para alcançar públicos que valorizam conveniência e praticidade”, afirma. 


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