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domingo, 3 de setembro de 2023

Golpes eletrônicos disparam no Brasil


Foram 4,8 milhões de golpes praticados por bandidos cada dia mais espertos e sofisticados nas ações


Tribuna da Bahia, Salvador
02/09/2023 08:25
1 dia, 1 hora e 34 minutos
Foto: Divulgação

O Brasil sofreu 4,8 milhões de tentativas de fraude entre janeiro e junho deste ano, conforme o Indicador de Tentativas de Fraudes do Serasa Experian: Uma ocorrência a cada três segundos foi registrada e pessoas entre 36 e 50 anos foram os alvos preferidos de criminosos. 
A Bahia está no sétimo lugar entre os estados que mais foram vítimas dos criminosos: com 229.475 tentativas de fraude. Em primeiro lugar está São Paulo, com 1.391.837; seguido de Rio de Janeiro, com 456.314; Minas Gerais, com 419.922; Paraná, 361.361; Rio Grande do Sul, 312.310; e Santa Catarina com 238.719. O motivo da preferência por esses estados: o alto volume de transações financeiras. 
Conforme o Indicador, o setor de “Bancos e Cartões” foi o alvo principal dos golpistas no semestre (45,5%), depois “Serviços” (31,1%) e “Financeiras” (17,7%). “Varejo” e “Telefonia” fecham o ranking com respectivamente 3,8% e 1,5% das tentativas. O levantamento considera o volume de tentativas de fraudes registradas pela companhia referentes a verificação de documentos (análise de documentos de identificação), biometria facial, verificação cadastral e roubo de identidades. 
O crescimento dessas tentativas de golpes está associado a diversos fatores e um deles é a popularização do uso do meio eletrônico, como celulares: uma pesquisa realizada pela Febraban em parceria com a Deloitte, divulgada ano passado, revelou que a cada 10 operações bancárias realizadas, 7 são feitas por esses meios, por exemplo. 
De acordo com o gerente de projetos na Safernet, Guilherme Alves, existem dois tipos de golpes comuns: o que chamam de engenharia social, que são tentativas dos golpistas de induzir as pessoas a realizarem transações indevidas, pedindo dados, enganando e criando narrativas e a vulnerabilidade de determinados aplicativos. “Em casos de vulnerabilidade de sistema, as instituições devem ser responsabilizadas. Inclusive o Banco Central possui protocolos específicos de investigação de casos desse tipo”. Ele explica, por exemplo, que a pessoa lesada pode procurar uma delegacia ou até o próprio banco central. “No contexto pix, vimos mudanças para melhorar a segurança nos últimos anos”. Segundo o especialista, o ponto deficitário e que precisa ser ajustado com urgência é a educação dos consumidores, a conscientização e campanhas das instituições com dicas de segurança e alertas. “Isso é o mais deficitário e que precisa ser ajustado”.
O diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, afirma que não existe uma “bala de prata capaz de brindar a todos contra os criminosos”, mas é preciso estratégias de proteção em camadas para dificultar as ações. 
“Além disso, todo cuidado é pouco quando o assunto é análise de riscos e segurança de dados em qualquer transação financeira”, afirma. 
A faixa etária preferida dos criminosos são consumidores entre 36 a 50 anos e as regiões Sul e Sudeste estão na mira dos fraudadores. Na análise por estados, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideraram o ranking com mais registros de tentativas de fraude entre janeiro e junho deste ano. 
Isso porque, explica Caio Rocha, a estratégia dos bandidos é atuar nas regiões onde existe maior volume de transações financeiras. Ele explica, ainda, que o levantamento é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da Serasa Experian: total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian; e estimativa do risco de fraude, obtida através da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, Presidente do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos afirmou à Tribuna da Bahia, quando questionado sobre os golpes aplicados em clientes de bancos, que as instituições precisam adotar mecanismos que garantam mais segurança aos cidadãos, ao invés de “empurrar para os clientes a tarefa de realizar transações pelos aplicativos”.

 

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