O Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, perdeu o voo direto que tinha para Salvador e agora vai conviver com um absurdo logístico. Quem quiser ir do sul da Bahia para a capital, voo que antes durava 30 minutos, terá que fazer escala em São Paulo ou Belo Horizonte. É a versão aérea do ônibus lotação que para em todo lugar.
O cancelamento de rotas dentro do estado não acontece só em Ilhéus, mas em toda a Bahia. A medida das empresas aéreas irritou até os deputados, que não pagam pela passagem. A Assembleia Legislativa montou uma comissão para debater o assunto e o subsídio pago a elas no ICMS do querosene de aviação.
O incentivo fiscal foi dado para que ampliassem as rotas dentro da Bahia, mas não cumprem, assim como nunca cumpriram a promessa de barateara as passagens caso pudessem cobrar pela bagagem. A Anac, que parece ter laços estreitos com elas, sempre fica do lado das empresas aéreas.
Além da perda do voo direto para a capital, Ilhéus teve voos da Latam para São Paulo suspensos e paga uma das passagens mais caras do país, com preços exorbitantes, já denunciados pelo jornal A Região em matéria de julho, comparando comos praticados em Porto Seguro. Ilhéus paga R$ 1 mil a mais, sempre. A matéria pode ser lida neste link.
O deputado estadual Pedro Tavares (União Brasil), condenou a suspensão dos voos diretos entre Salvador, Vitória da Conquista e Ilhéus, durante a reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, na ALBA. “É um verdadeiro absurdo essa situação relacionada à suspensão dos voos diretos aqui na Bahia".
"A pessoa que deseja ir para Vitória da Conquista tem que pegar um voo com escala em Guarulhos (SP) e agora temos a notícia de que o Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, também perdeu o voo direto para Salvador. Além da dificuldade referente aos deslocamentos, ainda temos o problema do preço das passagens".
"Lamentavelmente está se tornando mais barato viajar para o exterior do que para Conquista e Ilhéus. Precisamos discutir e propor alternativas para acabar com esse absurdo. Pedimos a sensibilidade do Governo do estado e das empresas para que busquem soluções, pois infelizmente essa questão traz enormes prejuízos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário