| Essa
modalidade arquitetônica prevê uma série de fatores na configuração de
um ambiente de lazer para crianças, como: segurança, ergonomia e
estímulo. Com vasta experiência em projetos, o escritório Effect
Arquitetura aponta por onde deve-se começar a planejar parquinhos e
playgrounds | | O projeto Quintalzinho do Ban
é um parque infantil, situado na laje do Shopping Parque das Bandeiras,
em Campinas (SP), e composto por muitos brinquedos estrategicamente
distribuídos pelo local | Projeto executivo da Effect Arquitetura e conceito desenvolvido pela VM Office junto à Ancar Ivanhoe Shoppings Centers | Foto: Divulgação | A
arquitetura desempenha um papel fundamental na vida de todos,
principalmente, na criação de ambientes que influenciam diretamente as
sensações e interações do indivíduo. Por isso, quando se trata da configuração de ambientes voltados para crianças, como salas de recreação, parquinhos e playgrounds,
essa responsabilidade aumenta e é preciso levar em consideração
aspectos que impactarão o desenvolvimento cognitivo, emocional e social
dos pequenos. Escorregadores, balanços e piscinas fazem parte da rotina
infantil e há formas de garantir uma vivência melhor nos espaços.
Com grande experiência na construção arquitetônica de espaços para os pequenos e com projetos renomados do ramo, os arquitetos Celso Grion e Erick Tonin, à frente do escritório Effect Arquitetura,
compartilham um pouco sobre a abordagem inicial da projeção,
importância da temática lúdica, escolha de revestimentos e, claro, a
segurança que não pode faltar.
Primeiros passos O
começo de qualquer projeto arquitetônico é traçar o perfil prévio do
cliente e dos futuros usuários, reunindo necessidades e preferências,
além da análise do espaço disponível, considerando possibilidades de
intervenção e eventuais limitações. No caso das crianças, é necessário
considerar as diferentes faixas etárias que utilizarão o local.
“Com
base nesses insights, o escritório desenvolve um conceito central para o
espaço, levando em conta aspectos educacionais, de lazer e
desenvolvimento infantil. Esse pensamento orienta a definição das áreas
funcionais, como as de brincadeiras, locais de aprendizado e espaços
para leitura, por exemplo”, explica Erick Tonin.
Ainda
no início, outra etapa crucial é o esboço do design temático, pois
trabalhar com uma referência atrativa que envolva as crianças e estimule
a imaginação é essencial no crescimento delas. Espaços que incorporam
uma variedade de formas, cores e texturas também estimulam a
criatividade e a imaginação. “Isso inclui o uso de cores vibrantes,
formas lúdicas e personagens temáticos. Essa junção é a fórmula para
criar um ambiente acolhedor e divertido”, completa o arquiteto da Celso Grion. | | A
construção de parques aquáticos envolve considerações especiais para
garantir a segurança, eficiência operacional e estética atraente | Projeto 3D da Effect Arquitetura | Foto: Divulgação | Na questão do layout,
o plano é otimizar o fluxo de movimento para garantir acessibilidade e
clareza nas áreas de atividades e isso se dá a partir de uma avaliação
do tamanho e do desenho do espaço disponível, levando em conta as áreas
de segurança e circulação. Os arquitetos recomendam dispor os elementos
de maneira estratégica para também evitar a sensação de aglomeração,
pensando nos brinquedos mais atrativos ao lado daqueles que requerem
poucas crianças. Além disso, é interessante conceber um fluxo intuitivo
que direcione o público infantil de uma área para outra, promovendo a
exploração do espaço inteiro de maneira segura e organizada. Conheça as normas de segurança Quando
se trata de crianças, é sabido que o projeto arquitetônico abrangerá um
cuidado ainda maior com a segurança, além de uma abordagem capaz de
evitar quaisquer danos e acidentes desnecessários. Em função disso,
Celso Grion alerta sobre seguir as normas técnicas já estabelecidas e
atualizadas, que direcionam os pontos a serem seguidos. “A NBR 16071
estabelece diversos requisitos de segurança para playgrounds e áreas
para lazer e é a principal norma que rege nossos projetos, além da NBR
9050, que visa garantir a acessibilidade universal dos espaços”. | | No entorno do brinquedo, todo o piso é do tipo EPDM colorido e moldado in loco especificamente para playgrounds | Quintalzinho do Ban - Projeto executivo da Effect Arquitetura e conceito desenvolvido pela VM Office junto à Ancar Ivanhoe Shoppings Centers | Foto: Divulgação | Para
ampliar a salvaguarda do público infantil, a manutenção é outro tópico
que deve ser efetuada regularmente para garantir a funcionalidade do
espaço e envolve inspeções periódicas feitas por profissionais
especializados para detectar possíveis danos ou peças soltas nos
equipamentos, além de limpeza frequente para remover sujeira e detritos.
“É
essencial realizar reparos imediatos em qualquer dano encontrado e
manter as superfícies de segurança eficazes. No processo de revisão,
inclui-se também a lubrificação de partes móveis, verificação das
fixações no solo, avaliação das condições gerais do espaço e
substituição de elementos desgastados. Feito esse check list, é possível
garantir um ambiente protegido e agradável para todos” complementa Erick.
Escolhendo os revestimentos Assim
como todo projeto, os revestimentos devem ser escolhidos conforme as
necessidades e versatilidade dos espaços. Por isso, o escritório Effect
Arquitetura dividiu as orientações em duas vias: · Playground terrestre:
Preferência por superfícies duráveis, atóxicas e amortecedoras, como
pisos emborrachados específicos para o uso, combinado com materiais
antiderrapantes que previnem lesões por quedas e escorregões. Também é
indicado promover a eliminação de quinas nos equipamentos, bem como em
objetos próximos. Ademais, deve-se sempre respeitar as áreas de
segurança dos equipamentos, seguindo a indicação dos fabricantes
especializados. · Playground aquático:
Composto por materiais à prova d'água e resistentes à corrosão de
agentes químicos e intempéries. É primordial a instalação de barreiras
de segurança ao redor das áreas aquáticas, o controle da profundidade da
água e sinalização nas áreas rasas. Deve-se ainda efetuar uma
ventilação adequada em espaços cobertos e devidamente sinalizados por
meio de instruções claras, além da presença de supervisores designados
para esses espaços. | | A
arquitetura deve incorporar medidas rigorosas de segurança, incluindo
pisos antiderrapantes, sinalização clara e corrimãos adequados | Projeto da Effect Arquitetura | Foto: Divulgação | Não esqueça da proteção solar Um
aspecto substancial na construção de espaços infantis é a proteção
contra os raios nocivos do sol, seja em área terrestre ou aquática. Para
começar, Erick e Celso recomendam avaliar a orientação solar como
referência para posicionar estruturas de sombreamento como toldos,
gazebos e pergolados, de modo a bloquear a exposição direta ao sol. Em
todas as estratégias, a regra é priorizar o conforto e bem-estar das
crianças, garantindo que elas desfrutem do espaço ao ar livre e isentos
de riscos relacionados à exposição excessiva.
“Em nossos projetos, trabalhamos para posicionar e
as áreas de brincar próximas às partes sombreadas ou adjacentes às
estruturas de sombreamento, sempre integrando com um design temático ou
lúdico para atrair crianças. Junto a isso, utilizamos elementos
verticais tais como painéis perfurados ou telas que permitem a criação
de sombras e a circulação de ar. E é claro, a conscientização sobre a
importância do uso de protetor solar e roupas de proteção e o incentivo
às práticas saudáveis compõem a visão ampla do espaço.”, apontam os profissionais.
Garanta acessibilidade e sustentabilidade A
Effect Arquitetura ressalta que toda arquitetura infantil igualmente
integra a inclusão. Para alcançar esse objetivo, é crucial adotar
abordagens abrangentes evidenciadas por meio do design universal, ao
qual considera as necessidades de todas as crianças, independentemente
de suas habilidades físicas ou cognitivas.
Considerando
a importância de atender as demandas de mobilidade, é preciso garantir o
nivelamento das superfícies, contemplando a disponibilidade de espaços
suficientes para manobras de dispositivos de mobilidade. Isso assegura
que todas as crianças possam se movimentar com facilidade, participando
ativamente de todas das atividades oferecidas pelo espaço. | | Trabalhar
com especialistas em acessibilidade, como arquitetos e terapeutas
ocupacionais, garante que o playground seja verdadeiramente inclusivo e
respeite as necessidades de todas as crianças | Quintalzinho do Ban - Projeto executivo da Effect Arquitetura e conceitual desenvolvido pela VM Office junto à Ancar Ivanhoe Shoppings Centers | Foto: Divulgação | Dentro
do âmbito geral dos projetos, a criação de espaços de descanso e
transição não pode ser deixada de lado, uma vez que proporciona
oportunidades para que todas as crianças possam desfrutar do ambiente de
recreação de acordo com suas necessidades individuais. A inclusão de
sinalização, abrangendo tanto aspectos visuais quanto táteis, desempenha
um papel vital para orientar as crianças de maneira clara e inclusiva,
permitindo que elas compreendam e desfrutem do espaço de maneira
independente.
Da
mesma maneira, integrar a sustentabilidade em projetos deve ser uma
prevalência, pois a inclusão de elementos naturais é um grande
estimulante da conexão com a natureza e a criatividade. Por isso, os
arquitetos reuniram algumas dicas: · O uso de materiais sustentáveis na construção, como troncos de árvores e elementos naturais; · Fontes de energia renovável e soluções de economia de água; · Plantas nativas no espaço e a coleta seletiva de resíduos para práticas ambientalmente conscientes; · Soluções de drenagem sustentável contribuem para a biodiversidade local e redução da manutenção a longo prazo. | | A
disposição inteligente de elementos como estímulos visuais, zonas de
descanso e áreas de atividade reflete um ambiente que nutre a
curiosidade natural das crianças e as motiva a explorar e aprender | Projeto executivo da Effect Arquitetura e conceito desenvolvido pela VM Office junto à Ancar Ivanhoe Shoppings Centers | Foto: Divulgação | “A
abordagem sustentável nos projetos de playground não apenas propicia
diversão, mas também educa as crianças sobre o valor de cuidar do meio
ambiente para as próximas gerações que estão se formando”, explicam
Celso e Erick, que finalizam com um conselho para a construção dos
espaços recreativos: a colaboração com arquitetos, pedagogos e
especialistas em segurança infantil.
Sobre a Effect Arquitetura Fundado
em 2008, o escritório Effect Arquitetura e Gerenciamento de Projetos
tem como principais áreas de atuação o desenvolvimento e implantação de
projetos institucionais, urbanísticos, corporativos e de arquitetura
esportiva. O objetivo é oferecer soluções completas, obtendo o melhor
resultado funcional e estético na tradução das necessidades e exigências
de nossos clientes. (11) 2894-1074 www.effect.arq.br @effectarquitetura Informações para a imprensa Agosto/2023 dc33 Comunicação Emilie Guimarães – conteudo@dc33.com.br Glaucia Ferreira - coordenacao@dc33.com.br Danilo Costa - danilo@dc33.com.br www.dc33.com.br / @dc33comunicacao |
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