POLITICA LIVRE
Com a intenção de quebrar fronteiras e abolir preconceitos, a Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça da Bahia (CGJ/TJ-BA) promoveu o primeiro lançamento de um livro em um complexo penal do estado no âmbito do Projeto Virando a Página- Remição pela Leitura. O projeto visa a incentivar a ressocialização das pessoas privadas de liberdade por meio da leitura e da escrita.
Aconchego, acolhimento e alegria. Eram as sensações que pairavam na atmosfera da escola da Penitenciária Lemos de Brito (PLB), local escolhido para a cerimônia simbólica de lançamento do livro “Quem lê escreve”, obra que reúne contos escritos por 15 reeducandos da PLB.
Segundo o corregedor-geral de Justiça do TJBA, Desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, é preciso que a sociedade olhe para as pessoas privadas de liberdade de forma diferenciada. “Eles erraram, mas se não tiverem uma outra forma de ver a vida diante do que passaram, não terão oportunidade de se ressocializar”, afirmou.
Misturando ficção e realidade, os escritores contaram histórias que envolvem situações sociais e culturais, além de passarem mensagens sobre família, amizade e lealdade. Os contos foram produzidos durante uma oficina literária conduzida pelo editor Alex Giostri.
Segundo Giostri, a oficina tem a característica de tentar trabalhar “um pouquinho do encontro e do desencontro, avaliar de que maneira cada um de nós vamos acessar aquilo que ficou guardado”. Ele ainda acrescentou que o objetivo é fazer com que cada escritor mergulhe dentro de si e entenda onde falhou e descubra como pode reconstruir o caminho da sua vida.
Ao longo do trabalho, os participantes depararam-se com ferramentas para construir um texto, seja ele de ficção e ou a partir de seus olhares, partindo de um fundamento da história e indo para o desenvolvimento e construção de personagens e desfechos.
O lançamento aconteceu na quinta-feira (27) e contou com a presença de familiares dos autores, que estavam radiantes.
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