MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Stédile, do MST, propõe uma investigação sobre “invasões” feitas pelo agronegócio

 



Bancada ruralista pede prisão de João Pedro Stédile, líder do MST | VEJA

Stédile diz que o agronegócio invade mais do que o MST

Hugo Marques
Veja

Em meio à série de invasões de fazendas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) neste ‘Abril Vermelho’, o líder máximo do movimento, João Pedro Stedile, defendeu a investigação de invasões de terras no Brasil, mas só as do agronegócio. Esta semana, o Congresso instala a CPI dos MST, que nos últimos meses tem invadido também fazendas produtivas.

Sem citar exemplos, Stedile acusa os grandes agricultores de também fazerem invasões. “Quem faz invasão no país é o agronegócio, que invade terra indígena, terra quilombola, terra pública. Isso é invasão. Apropriação de bens em proveito próprio.”

APENAS OCUPAÇÃO – Para o líder do MST, o que o seu movimento faz não é invasão. “Ocupação é uma mobilização social dos camponeses, com suas famílias, para pressionar o governo a aplicar a Constituição. E eles misturam tudo”, diz ele.

Para Stedile, a CPI foi criada para desviar o que ele chama de “crimes do agronegócio”. Para isso, diz ele, “parlamentares de direita querem desestabilizar o governo”. As declarações de Stedile foram feitas durante o anúncio da IV Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, no sábado 29.

O líder do MST reclamou que nos governos petistas de Lula e Dilma os parlamentares de direita sempre fizeram “insinuações” de que o MST vivia de dinheiro público.

RECURSOS PÚBLICOS – Durante a gestão de Dilma Rousseff, instituições privadas sem fins lucrativos ligadas à reforma agrária e aos movimentos sociais receberam mais de 100 milhões de reais. Agora, o MST negocia com o governo o pagamento de 30 mil reais para cada família por ano.

Integrante da comitiva que viajou com Lula para a China, Stedile afirma que houve avanços nas relações do MST com o país asiático.

Desde 2022, diz ele, há um acordo, inicialmente assinado com o Consórcio Nordeste, para fornecimento de máquinas para pequenos agricultores. O Consórcio Nordeste é o grupo de governadores da região que pagou 48 milhões de reais adiantados por respiradores a uma empresa que revendida produtos à base de maconha, e que nunca foram entregues.

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