(Marcelo Jabulas)
Se o amigo me perguntar qual seria o automóvel ideal, responderia que é o descontinuado BMW 330i M Sport. Sedã, tração traseira, muita potência e torque, além de ser lindo. Mas no plano da realidade, o Fiat Cronos Drive 1.3 CVT é mais que suficiente.
Testamos pela milionésima vez o três volumes italiano. E mais uma vez esse carro não decepcionou. Desta vez testamos a versão que combina motor Firefly 1.3 com caixa do tipo CVT, com emulação de sete marchas.
Este sedã figura como um coringa para o consumidor que busca mais espaço interno do que o oferecido por um hatch compacto, mas também não pode apostar em um modelo mais sofisticado, como os SUVs compactos que, devido a demanda aquecida, custam uma fortuna.
Assim, o Cronos automático figura como uma escolha racional. Esse italiano, produzido na Argentina, oferece o que é necessário para uma condução confortável. Climatizão, direção assistida, multimídia e ajustes elétricos básicos. Tudo isso sem precisar ficar pisando no pedal da embreagem.
Além disso, o visual do carrinho é agradável. O Cronos já está no mercado há quatro anos e ainda não sentiu o peso da idade. Suas linhas são agradáveis e a leve reestilização de meia-idade não comprometeram o projeto original.
Ou seja, para quem ainda não pode pagar pelo fator emocional de um BMW Série 3, a racionalidade do Cronos te carrega da mesma forma. Afinal, esse italo-argentino é sucessor direto do finado Grand Siena, que sempre foi um carro entregava o necessário.
Raio-x Fiat Cronos Drive 1.3 CVT
O que é?
Sedã compacto, quatro portas e cinco lugares.
Onde é feito?
Fabricado na planta de Córdoba (Argentina).
Quanto custa?
R$ 97.190
Com quem concorre?
O
Cronos Drive 1.3 CVT concorre com Chevrolet Prisma, Honda City,
Hyundai HB20S, Nissan Versa, Renault Logan, Toyota Yaris Sedan e
Volkswagen Virtus.
No dia a dia
O
Cronos Drive é um sedã prático e racional. É um automóvel acabamento é
simples, mas com boa qualidade de montagem. Ele é um carro pensado para
quem busca espaço e um nível de conforto e comodidade acima dos modelos
de entrada.
O pacote de conteúdos da unidade avaliada conta com ar-condicionado, sensores de ré, câmera de ré, retrovisores elétricos, vidros elétricos nas quatro portas, multimídia de sete polegadas (com Android Auto e Apple CarPlay). O sedã ainda conta com direção elétrica e rodas de liga leve aro 15.
O modelo se destaca pelo bom espaço interno, tanto para quem viaja na frente quanto atrás, mas nada que impressione, como no Versa ou Virtus. Ocupantes de estatura elevada que se sentarem à frente fatalmente irão espremer quem vai na segunda fileira. Por outro lado, o espaço para bagagem é excelente: são 520 litros que permitem ocupar muita bagagem .
Motor e Transmissão
O
Cronos é equipado com o com motor 1.3 Firefly de 107 cv, que equipa
modelos como Argo, Pulse e Strada. A unidade é combinada com a a
transmissão automática do tipo CVT, com emulador de sete marchas, é a
cereja do bolo desse carro. Essa caixa estreou no Pulse e agora chega à
Strada.
Ela tem comportamento muito suave, com os ajustes das relações de acordo com a necessidade do motorista.
Essa transmissão sempre busca uma faixa de giro eficiente na casa dos 1.500 rpm, quando não há demanda de torque.
Mas quando se pisa, rapidamente ela eleva o giro para o ponto máximo de força. Na hora de buscar potência, o motor esgoela e demora para entregar velocidade.
Como bebe?
Abastecida com álcool, registrou consumo combinado (rodoviário e urbano) na casa dos 9,4 km/l, sem carga.
Suspensão e freios
A
suspensão segue o “padrão” com eixo rígido na traseira e independente
McPherson na frente. O acerto é bom e garante boa firmeza em velocidades
mais altas, sem comprometer o conforto em pisos irregulares. Os freios
são a disco (na frente) e tambor (na traseira). Mas é preciso ficar
atento, pois a versão não oferece controle de estabilidade (ESP), nem
como opcional.
Palavra final
O
Cronos Drive 1.3 CVT é um carro honesto, não é barato, mas figura como
uma das raras opções automáticas abaixo dos R$ 100 mil.
É um carro para quem não enxerga o automóvel como um item de status ou ascensão social, mas como um meio de transporte que oferece comodidade, muito espaço e bom nível de conforto.
Deixa aquele modelo de luxo e perfeito para quando as coisas melhorarem. Enquanto isso, o italiano resolverá bem.
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