Sem carros para atender à demanda, os emplacamentos em agosto caíram 5,8%
Os
problemas de produção resultaram em mais um mês ruim para o setor
automotivo. Sem carros para atender à demanda, os emplacamentos em
agosto caíram 5,8% na comparação com o mesmo período de 2020.
Foram
registrados 172,8 mil licenciamentos de carros de passeio, comerciais
leves, ônibus e caminhões. Em relação a julho, houve queda de 1,5%.
A média diária ficou em 7.855 unidades comercializadas, número que segue em queda desde junho.
A
Fiat, que pertence ao grupo Stellantis, manteve a liderança. A empresa
vem conseguindo manter melhor ritmo de produção dos seus modelos
nacionais, apesar da escassez de semicondutores.
A picape
Strada foi o modelo mais comercializado no mês passado, com 9.111
unidades licenciadas. O hatch Argo aparece em segundo (7.711), seguido
pelo compacto popular Mobi (7.528).
O segmento que reúne
picapes e utilitários esportivos segue dominante. De acordo com a
Fenabrave (entidade que representa os distribuidores de veículos), esses
modelos responderam por 49,2% das vendas em agosto, um novo recorde de
participação.
"Parte dos veículos registrados em agosto são
de vendas realizadas em julho. Esse prazo de entrega se tornou mais
longo por causa das dificuldades da indústria", diz, em nota, Alarico
Assumpção Jr., presidente da Fenabrave.
"O ritmo dos emplacamentos está sendo ditado pela capacidade de entrega das montadoras."
Com
as dificuldades em manter a produção regular devido à falta de peças,
os estoques estão baixos e há fila de espera por diversos modelos. O
problema atinge também o setor de motocicletas.
Na sexta-feira (3), a Yamaha anunciou que irá paralisar parte de suas atividades fabris entre os dias 9 e 24 de setembro. Os motivos são dificuldades logísticas e falta de regularidade no fornecimento de insumos importados da Ásia. Os funcionários entrarão em férias coletivas nas linhas afetadas.
Fonte: Folhapress
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