A sessão foi convocada para as 10h, desta quinta (09)
Tribuna da Bahia, Salvador
08/09/2021 20:45 | Atualizado há 9 horas
Por Camila Turtelli
O projeto que cria o novo Código Eleitoral chegou a entrar em votação no plenário da Câmara nesta quarta-feira, 8, mas, após apelo de líderes da Casa, o presidente Arthur Lira (PP-AL), aceitou adiar a deliberação para quinta-feira.
"Amanhã, ou nós resolvemos ou não votamos e a
legislação fica como está", disse Lira que queria votar a matéria ainda
hoje. A sessão de amanhã foi convocada para as 10h.
Na semana
passada, em uma tentativa de acordo, a deputada Margarete Coelho
(PP-PI), relatora do projeto mudou a regra que institui uma quarentena a
juízes e militares disputarem eleições Na versão mais recente do seu
texto, ela adia a vigência da nova regra de 2022 para 2026. A proposta
proíbe militares, policiais, juízes e promotores de concorrerem nas
eleições por um período de cinco anos após deixarem seus cargos.
Do
jeito como estava, a quarentena para militares, membros do Judiciário e
do Ministério Público afetava a pretensão de alguns partidos de lançar o
ex-juiz Sérgio Moro como candidato a presidente em 2022.
Moro
saiu da magistratura no fim de 2018 para poder assumir o cargo de
ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro,
com quem ele posteriormente rompeu. Se fosse aprovada a versão anterior
do projeto, que estabelecia a quarentena já em 2022, Moro precisaria ter
deixado de ser juiz em 2017 para concorrer.
O projeto tem 371
páginas e mais de 900 artigos e busca reunir as regras vigentes sobre o
funcionamento dos partidos e o sistema eleitoral em um único código.
Para isso, revoga todos os artigos e demais leis relacionados a
eleições.
Críticos do texto reprovam os pontos da medida e
dizem que limitam a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
restringem a divulgação de pesquisas eleitorais e diminuem a
transparência e fiscalização de partidos no uso dos recursos públicos.
Deputados
aprovaram nesta quarta-feira três urgências de projetos vindos do
Senado sobre eleições e partidos. Um deles retoma a propaganda
partidária, o segundo trata das sobras nas eleições proporcionais e o
último cria uma reserva obrigatória de cadeiras para mulheres nos
legislativos. A intenção dos deputados é votar o mérito desses três
projetos ainda nesta semana.
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