Fabio Murakawa e Matheus Schuchalor
Valor Econômico
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que anulou condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era previsível pela ligação do ministro com o PT.
Em entrevista ao chegar no Palácio da Alvorada, Bolsonaro também opinou que a medida precisa ser avaliada pelo plenário da Corte e que a população não quer ter o petista como candidato em 2022.
SEM ESTRANHEZA – “Qualquer decisão dos 11 ministros é possível você prever o que eles pensam e o que botam no papel. O ministro Fachin tinha, sempre teve uma forte ligação com o PT, então não nos estranha uma decisão neste sentido”, disse Bolsonaro.
“Obviamente, é uma decisão monocrática, mas tem que passar pela turma, não sei, ou pelo plenário para que tenha a devida eficácia. Agora, todo mundo foi surpreendido com isso daí. Afinal de contas, as bandalheiras que este governo fez estão claras perante toda a sociedade”.
Para Bolsonaro, a administração do PT foi “catastrófica” e ninguém no país gostaria do retorno de Lula ao poder. O ex-presidente voltou a ficar elegível com a decisão de Fachin.
ELEIÇÃO DE LULA? – “Foi uma administração catastrófica do PT no governo e eu acredito que a população sequer quer ter um candidato como esse em 2022 e muito menos pensar em possível eleição dele, você pode ver que a bolsa já foi lá para baixo e o dólar já foi lá para cima”, comentou. “Todos nós sofremos com uma decisão como essa daí, espero que a turma do Supremo aí restabeleça o julgado. Não há dúvida de que o plenário precisa avaliar”.
O presidente argumentou ainda que, além dos processos que envolvem supostos ilícitos de Lula no sítio em Atibaia e no tríplex do Guarujá, devem ser levados em conta desvios no BNDES e na Petrobras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário