Na luta incessante pela Independência do Sul, desde 1986,primeiro no Partido da República Farroupilha-PRF,que não obteve registro, e depois,cumulativamente, no “Movimento O Sul é o Meu País”,e “GESUL-Grupo de Estudos Sul Livre”,em todos esses anos de militância “independentista”, o principal fenômeno que consegui observar foi a mais radical rejeição desse projeto pela classe política em geral, mais acentuadamente pelas correntes políticas e ideológicas esquerdistas,socialistas,ou comunistas.
Nesse sentido,qualquer “tentativa ” de tentar trocar ideias com algum esquerdista de qualquer corrente sobre a alternativa , viabilidade,ou conveniência de transformar o Sul num país independente ,soberano,como também outras regiões brasileiras, causa no “vermelho” uma aversão pior do que aquela que sofre o diabo quando se depara com a cruz.
Essa “rejeição” da classe política em geral,e da esquerda em particular,acabou reforçando as minhas convicções de que realmente a melhor alternativa para os diversos povos do atual Brasil conseguirem o desenvolvimento das suas maiores potencialidades,”abafadas” durante vários séculos por um “país que não deu certo”, seria o desmembramento do país,conforme o desejo,as potencialidades e as vocações regionais de cada qual.
Resumidamente: se os políticos,principalmenteosda esquerda,praticamente à unanimidade,nãoquerem,é porque essa ideia só pode ser boa. Ademais,observe-se que esses políticos “inimigos” das liberdades dos diversos povos brasileiros são na verdade os únicos que tiram vantagem dessa “união indissolúvel”, que não deu certo. E não pode ser um “artiguinho” qualquer que essa gente escreveu na constituição que irá impedir o exercício do pleno direito da SOBERANIA do povo de cada região, do seu direito natural INSTITUINTE,que está acima da constituição e das leis que regem os diversos povos da (pluri)nacionalidade do Estado brasileiro.
Será que os interesses dos políticos,que se “agarram” na constituição que “eles”escreveram,estariam acima dos interesses dos povos de cada região brasileira?
Será que os interesses dos povos devem ficar submetidos aos interesses e desejos dos políticos, geralmente selecionados dentro da pior escória da sociedade,e que geralmente são os primeiros que se “escalam” e se “oferecem” para fazer política? Para que vale a “soberania popular”,inclusive escrita na vigente constituição brasileira (parágrafo único do art.1º) ?
Apesar do Rio Grande do Sul ser o berço da Revolução Farroupilha,suacapital,PortoAlegre,não tem um só candidato a prefeito com alguma simpatia pela retomada separatista, agora em união com os estados-irmãos de Santa Catarina e Paraná. Por si só isso já bastaria para demonstraraverdadeira aversão que também os políticos de Porto Alegre têm pelo projeto de independência do Sul.
Mas para os interesses independentistas do Sul,relativamente aos separatistas de Porto Alegre,apesar de nenhum dos candidatos a prefeito de Porto Alegre mostrar qualquer “simpatia”por essa causa,certamente a sua (candidata) “opositora Nº 1”, é a do PCdoB-Partido Comunista do Brasil,Manuela D’Ávila,que para enganar e tentar agradar os “incautos” eleitores de Porto Alegre,age igual à uma “camaleoa”,inclusive disfarçando e “escondendo”a sua cor (ideológica),que é o “vermelho”,e também a foice e o martelo comunistas,pela “patriótica” combinação do “verde e amarelo”,além das suas fotografias “eleitorais”,de uma “recatada” senhora,”conservadora”,até com cara de “anjo” (com “outra” por trás),não corresponderem àquela figura “exótica” que todos conhecem.
Independentista do Sul que se preze,portanto,votará em qualquer outro candidato a prefeito de Porto Alegre, ou mesmo em um cachorro sarnento criado nas ruas,nunca,porém,em Manuela.
O que na verdade jamais entrará na cabeça desses comunistas de “m...”,acima de tudo enganadores e oportunistas, é que nenhuma ideia pode ser mais “socialista”,porém de verdade,e não de “mentirinha” ,como essa que eles vendem, do que aquela que busca construir um país de tamanho compatível para atender aos interesses e necessidades do povo,e não somente ser “servido” pelo povo, como é o caso do Brasil. Afinal de contas o estado deve ser um ” fim”,e não um “meio” (do povo).Os interesses do povo devem estar sempre acima dos interesses do estado.Por isso o estado deve servir o homem, e não o homem servir o estado.
Rousseau já dizia: “Assim como a natureza deu limites aos seres vivos,além e aquém dos quais produziria gigantes ou anões, também os países não podem ser tão grandes que não possam ser sustentados pelas próprias pernas,nem tão pequenos que não consigam manter-se com autossuficiência”.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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