Carlos Newton
Realmente, nunca se viu nada igual, em matéria de exploração do usuário pelos planos de saúde. Todos sabem que sempre houve aumentos superiores à inflação. Parecia até uma espécie de tradição administrativa. E a justificativa para esses acréscimos muito acima da inflação, jamais comprovada contabilmente, baseava-se num suposto aumento de custos das operadoras.
Na verdade, as empresas de planos ou seguros de saúde sempre se beneficiaram da conivência governamental. Por isso, pode-se dizer, sem medo de errar, que a grande maioria dos 57 milhões de eleitores de Bolsonaro/Mourão acreditava que o novo governo iria dar um basta à exploração dos usuários. Mas não foi isso que aconteceu.
SEM JUSTIFICATIVA – Quando o governo enfim consegue chegar a uma inflação anualizada de apenas 3%, como a Agência Nacional de Saúde pode autorizar aumentos de 25% nas mensalidades? Qual a justificativa desta vez? O golpe do suposto aumento de custos não pode ser aceito, porque as despesas dos planos de saúde diminuíram expressivamente na pandemia, devido à enorme redução de consultas, exames, procedimentos e cirurgias, devido ao isolamento social.
Artigo do jornalista Vicente Nunes, no Correio Braziliense, mostra que os planos de saúde lucraram como nunca nessa época de pandemia, com consultórios fechados ou trabalhando a meia força.
Os lucros de apenas quatro operadoras chegaram a mais de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre, chamando a atenção do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que condenou publicamente o aumento abusivo das mensalidades.
FALAM OS NÚMEROS – A operadora NotreDame Intermédica mais do que dobrou os ganhos entre abril e junho, com crescimento de 149,2%, e seu lucro líquido somou R$ 223,4 milhões. Na Sul América o lucro saltou para R$ 398,7 milhões no segundo trimestre. O Bradesco contabilizou ganhos de R$ 359 milhões. E o lucro da Hapvida chegou R$ 278,6 milhões.
Portanto, no governo Bolsonaro, a exploração dos usuários dos planos de saúde desta vez chegou ao cúmulo. O deputado Rodrigo Maia protestou e imediatamente as operadoras fingiram revogar o abusivo reajuste de 25% para uma inflação de 3%.
Mas a própria Agência Nacional de Saúde esclarece que as operadoras vão “cobrar” depois esses “resíduos”, adicionando os valores às mensalidade (já majoradas) a partir de janeiro de 2021. Ou seja, os 25% são para valer, mesmo, com aprovação da própria ANS, que existe justamente para evitar essa exploração do usuário/consumidor.
Realmente, nunca se viu nada igual, em matéria de exploração do usuário pelos planos de saúde. Todos sabem que sempre houve aumentos superiores à inflação. Parecia até uma espécie de tradição administrativa. E a justificativa para esses acréscimos muito acima da inflação, jamais comprovada contabilmente, baseava-se num suposto aumento de custos das operadoras.
Na verdade, as empresas de planos ou seguros de saúde sempre se beneficiaram da conivência governamental. Por isso, pode-se dizer, sem medo de errar, que a grande maioria dos 57 milhões de eleitores de Bolsonaro/Mourão acreditava que o novo governo iria dar um basta à exploração dos usuários. Mas não foi isso que aconteceu.
SEM JUSTIFICATIVA – Quando o governo enfim consegue chegar a uma inflação anualizada de apenas 3%, como a Agência Nacional de Saúde pode autorizar aumentos de 25% nas mensalidades? Qual a justificativa desta vez? O golpe do suposto aumento de custos não pode ser aceito, porque as despesas dos planos de saúde diminuíram expressivamente na pandemia, devido à enorme redução de consultas, exames, procedimentos e cirurgias, devido ao isolamento social.
Artigo do jornalista Vicente Nunes, no Correio Braziliense, mostra que os planos de saúde lucraram como nunca nessa época de pandemia, com consultórios fechados ou trabalhando a meia força.
Os lucros de apenas quatro operadoras chegaram a mais de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre, chamando a atenção do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que condenou publicamente o aumento abusivo das mensalidades.
FALAM OS NÚMEROS – A operadora NotreDame Intermédica mais do que dobrou os ganhos entre abril e junho, com crescimento de 149,2%, e seu lucro líquido somou R$ 223,4 milhões. Na Sul América o lucro saltou para R$ 398,7 milhões no segundo trimestre. O Bradesco contabilizou ganhos de R$ 359 milhões. E o lucro da Hapvida chegou R$ 278,6 milhões.
Portanto, no governo Bolsonaro, a exploração dos usuários dos planos de saúde desta vez chegou ao cúmulo. O deputado Rodrigo Maia protestou e imediatamente as operadoras fingiram revogar o abusivo reajuste de 25% para uma inflação de 3%.
Mas a própria Agência Nacional de Saúde esclarece que as operadoras vão “cobrar” depois esses “resíduos”, adicionando os valores às mensalidade (já majoradas) a partir de janeiro de 2021. Ou seja, os 25% são para valer, mesmo, com aprovação da própria ANS, que existe justamente para evitar essa exploração do usuário/consumidor.
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