Foto: Carlos Moura/STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, não só determinou busca
e apreensão na casa do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, como mostrou o
jornal Folha de S. Paulo, como também o proibiu de “aproximar-se a
menos de 200 metros de qualquer um dos ministros desta corte, bem como
impedir seu acesso ao prédio sede e anexos deste tribunal”. Na decisão a
que a coluna Painel teve acesso, Moraes autoriza a medida por entender
que, nas entrevistas concedidas por Janot, há elementos que podem
tipificar “incitação ao crime”. O ex-procurador afirmou à Folha e outros
veículos que entrou armado no STF para assassinar Gilmar Mendes. Para
Moraes, o quadro relevado nas entrevistas do ex-procurador é
“gravíssimo”. “Sugere que aqueles que não concordem com decisões
proferidas pelos ministros desta corte devem resolver essas pendências
usando de violência, armas de fogo e, até, com a prática de delitos
contra a vida”, escreve Moraes. O ministro do STF afirma ainda que viu
requisitos para a busca e apreensão porque as declarações de Janot
“sinalizam a necessidade da medida para verificar a eventual existência
de planejamento de novos atos atentatórios ao Ministro Gilmar Mendes e
as próprias dependências do Supremo Tribunal Federal”. Moraes ainda
determinou a suspensão do porte de arma do ex-procurador e autorizou a
PF a analisar o material apreendido e a tomar o depoimento de Janot.
Folha de São Paulo
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